30 de dezembro de 2011

Vamos precisar de todo mundo

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NOTA DAS CEBs NO JORNAL O POVO

Nota das CEBs no Jornal O Povo, Pg 25 - 18/12/2011 

As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Arquidiocese de Fortaleza
Nota de apoio às comunidades do trilho em luta contra a política de higienização social do Governo do estado
As Comunidades Eclesiais de Base de Fortaleza, sensibilizadas pelo clamor dos moradores ao longo da via férrea entre Parangaba e Mucuripe, vêm a público declarar sua irrestrita solidariedade aos concidadãos ameaçados de remoção pelo Governo do Estado do Ceará e denunciar oautoritarismo e a falta de diálogo e transparência deste mesmo Governo. Diante da propaganda oficial maciça com relação às obras para a COPA de 2014, as CEBs querem tomar posição, questionando os seguintes pontos:
                                 I.            Admitindo a utilidade do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para melhorar a infraestrutura da cidade em vista da COPA de 2014, questiona-se, no entanto, a necessidade de fazê-lo correr por sobre o trilho atual, já que isso implica mexer com as residências de 5000 famílias, distribuídas em 22 comunidades ao longo da via férrea – algo que é muito oneroso para os cofres públicos, devido às indenizações. Em muitas cidades europeias o VLT (ou bonde) corre sobre trilhos colocados dentro do leito da rua, em faixa própria, sem prejuízo para o trânsito de automóveis. O fato de o Governo Cid Gomes ter descartado tão depressa as alternativas tecnológicasexistentes indica que pretende mesmo é “limpar” a área nobre da cidade de famílias pobres para entregar o espaço às grandes construtoras de prédios e condomínios de luxo. Um vídeo que está circulando na Internet e mostra o governador prometendo a empresários disponibilizar aquela área para a “verticalização” comprova claramente esta suspeita!
                                II.            As famílias ameaçadas pelo projeto “Mobilidade Urbana” experimentam, em pleno Natal, um clima de terror e de total insegurança com relação ao futuro de seus lares. Os agentes do Estado têm mantido a população atingida cronicamente desinformada; as iniciativas do Governo têm chegado aos ouvidos das comunidades através da imprensa. Dada a magnitude do drama social que as planejadas remoções desencadearão, deve-se repudiar com veemência oautoritarismo e a falta de diálogo com que as autoridades públicas (des)tratam cidadãos e cidadãs pobres de Fortaleza.
                              III.            O poder municipal está omisso nessa questão. Sobretudo a comunidade do Lagamar, transformada em ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) há alguns anos, lembra como a prefeita vetou ao Governo do Estado a implantação de um estaleiro no Titanzinho. Sendo autoridade máxima na capital, poderia fazer o mesmo no caso do Lagamar e de outras comunidades, apostando em urbanização e qualificação das moradias existentes ao invés de remoção. Ou prevaleceria aqui o acordo político eleitoral com o governador por sobre os direitos de cidadãos fortalezenses?
                             IV.            As famílias que já aceitaram acordo com os agentes do Governo, por quererem deixar o Trilho em busca de uma área melhor para morar, estão hoje arrependidas: Suas casas têm sido avaliadas muito abaixo de seu real valor, com propostas deindenização pífias que não permitem adquirir uma moradia decente alhures. O Estado nega-se a indenizar mais do que “as paredes da casa”, alegando que a maioria das famílias, embora resida há décadas em seus terrenos, nunca requereu título de propriedade através da Lei do Usucapião.Na verdade, a autoridademunicipaldeveria ter providenciado há anos a regularização dos títulos fundiários para esta população.Além disso, habitam normalmente em cada terreno dois ou três núcleos familiares – que são indenizados como se fossem uma única casa! Quanta injustiça!
                               V.            Verificou-se que o terreno apontado pelo Governo Cid para receber as famílias removidas do Trilho, situado além do bairro Pref. José Walter, encontra-se até agora sem infraestrutura e construção alguma. Ao invés disso, está ocupado por população sem-teto à qual tinha sido prometido, anteriormente, como local de sua futura moradia! Diante do impasse, o Governo Estadual aprovou, em regime de urgência, mensagem na AL que autoriza pagamento de R$ 200,- mensais de “aluguel social” para as famílias mais carentes, até o recebimento de um imóvel no projeto Minha Casa, Minha Vida. Pergunta-se: Onde numerosas famílias acharão, contando apenas com esta quantia ridícula, abrigo de sol e chuva – e isso ao longo de no mínimo um ano, já que nenhuma obra habitacional foi iniciada até agora para receber toda essa população? Que “Feliz Ano Novo” é esse que o Governo deseja a seus cidadãos?
                             VI.            As comunidades reivindicam que o Governo do Estado cumpra a lei que estabelece como dever das autoridades encontrar um terreno nos arredores (até 2 km) do antigo local de moradia para reassentamento de populações removidas. Os moradores do trilho têm direito de permanecerem próximos à área em que têm vivido todos esses anos. Não querem nada além do que é justo. As Comunidades Eclesiais de Base já os apoiamnesta luta. Conclamamos todas as pessoas de boa vontade e as entidades cívicas de defesa dos direitos do cidadão a se ocuparem, também, dessa causa! Para que a justiça e a paz se abracem de verdade, neste Natal...

Pela abertura imediata de negociações entre governo e comunidades! Pelo direito à moradia digna!

ACoordenação A r q u i d i o c e s a n a   d a s   C E B s   d e   F o r t a l e z a   (8736-6963 e 3263-2730)

28 de dezembro de 2011

A cidadania é a cultura,é o amor á vida!

Comecei a caminhar
Recordando á mim, que a cada dia
Há algo para entender, exercitar
Assim fui avançando
Cada vez mais sem errar

Quando segui em direção ao sol
Percebi que tudo que necessitava
Era cultivar amor e esperança
Para ser um humano
Virtuoso e integro

Não há como ter cidadania
Sem a intensidade do amor,
Da compreensão, da amizade;
Que se é requerida.

Quem pode tornar o
mundo melhor sou eu;
Não tem por que, causa ou prol
De esperar que as regras mudem
Para mostrar algo real

Meu júbilo maior é a melodia, é a poesia!
E esta é a causa de eu sempre relatar;
Não há cidadania sem cultura
Não há cidadania sem amor á vida.

25 de dezembro de 2011

Que pena! Preferia não ter razão:



Para João Moreira Cavalcante Neto  e os estranhos

Desanima-me vê que o ser feliz
É só mais um faz de conta
Num mundo que de ponta a ponta
Não sabe o sentido e o legítimo segredo do Natal...
Já pensou se o que está posto não fosse só um creme de menta acompanhado com licor de mentiras?
Como poderia ser diferente...
Se ao invés de ouvirmos as pessoas perguntarem:
- cadê o meu presente de natal?-
Elas procurassem se encontrar
Não só com seus amigos invisíveis
Mas com realizações que não passariam
Porque não são apenas fantasias
Mas sonhos e desejos fincados com
os calos de nossas alegrias.
(E são tantos)
Quem sabe...  Assim,
Pudéssemos partilhar a Noite Feliz
Não apenas por um dia
E tão somente com alguns
Mas com muitos e para o resto de nossas vidas.
E, talvez, fosse possível trilhar
um caminho de fraternidade social,
de respeito entre os ímpares, 
com significativa ausência de inimigos,
e com os seres humanos 
preocupados uns com os outros,
sem piedade;
(é tão humilhante esse sentimento de pena.)
O mundo não precisava ser azul, ele já é.
Bastava compartilharmos,
do frio à mesa farta,
Ao invés de lamento,
Fragrância, essência sinceramente.
Ah... Se a poesia que ora escrevo
Tocasse fundamente
O coração e a razão das pessoas
que acreditam plenamente no natal,
e elas, finalmente, entendessem
que não é porque receberam um cartão de boas festas,
ou porque foram cumprimentadas
uma única vez ao ano
que por isso, tudo se tornará
melhor.
E mais, se elas notassem
que o valor de ser gente está na força coletiva que nos aproxima e não na ilusão que nos afasta.
Ah... Se assim fosse... Talvez, quem sabe?
O que nos une seria capaz de fazer brotar a paz e o que nos separa, poderia até reinventar os felizes apesar dos infelizes...
Desconfio se assim fosse... 
Que nem infelizes existiriam.

(Razek Seravhat)


24 de dezembro de 2011

Gilvan Rocha: GOVERNO POPULAR?

Gilvan Rocha: GOVERNO POPULAR?: Há uma situação de degradação política nas hostes da esquerda. Sobretudo, a autointitulada marxista-leninista, justamente por n...

Dimensão (não) Real

Posso escutar o sino batendo,e a música soa em meu ouvidos suavemente como uma brisa de inverno arrebatadora...e ela leva minha alma sem vida para a dimensão da luz,aonde todos podem ser quem são,aonde todos são um futuro da nação.E a música que tanto aquece meu espírito me torna novo,me torna algo significante,e nesta dimensão todos dançam livremente,por que são todos felizes,são todos companheiros;é uma grande melancolia para mim saber que nada disso ainda é a dimensão real!

(Ingred Serra)

23 de dezembro de 2011

Uma poesia que não gosto do final

Entre uma canção de Eugênio Leandro, um cheiro quente de minha companheira e uma terrível saudade de minha mãe que partiu, antes mesmo da invenção do celular, fiz, dedicado à Daniel Poeisio, ao Poeta Brasil, Ao literato Wesclei Ribeiro, a estimada sobrinha Lívia Tavares e para quem vivencia o natal sem consumo, os seguintes versos, que muitos dizem que não é poema, mas isto é assunto para outro poema.

Tempo de natal

O brilho dos luzentes,
A troca de presentes,
A árvore enfeitada,
O desejo escolhido,
A fé Ensejada
O peru assado,
A mesa colocada,
O jardim sonhado
Tudo pronto e anunciado
Para enfim ser comemorado
O nosso tempo sem Natal.

(Razek Seravhat)

21 de dezembro de 2011

Tempo de ter infância


Brincar de Carrinho,
Amarelinha e boneca,
Corda, bola, peteca.
Tudo tem a sua época

À tardinha correr,
Brincar de pega-pega,
esconde, esconde queimada.
Sempre animada.

Jogar descalço na areia,
Teatro de fantoche, pé de meia.
Pintar com giz de cera,
futuro colorido.

Onde das pequenas mãos
os calos tenham sumido,
pintar uma harmonia aquarela,
criança tem direito de ser ela.

Tempo de riscar a lousa com giz
Tempo de ser feliz
Tempo de ter infância,
Tempo de ser criança,

Tempo de sonhar,
ler livrinho faz de conta
Tempo de ter esperança,
Tempo de ter infãncia
Tempo de ser criança.

(Ingred Serra)

6 de dezembro de 2011

Estas sinistras festas de Natal

Por Gabriel García Márquez*
 Ninguém mais se lembra de Deus no Natal. Há tanto barulho de cornetas e de fogos de artifício, tantas grinaldas de fogos coloridos, tantos inocentes perus degolados e tantas angústias de dinheiro para se ficar bem acima dos recursos reais de que dispomos que a gente se pergunta se sobra algum tempo para alguém se dar conta de que uma bagunça dessas é para celebrar o aniversário de um menino que nasceu há 2 mil anos em uma manjedoura miserável, a pouca distância de onde havia nascido, uns mil anos antes, o rei Davi. Cerca de 954 milhões de cristãos — quase 1 bilhão deles, portanto — acreditam que esse menino era Deus encarnado, mas muitos o celebram como se na verdade não acreditassem nisso. Celebram, além disso, muitos milhões que nunca acreditaram, mas que gostam de festas e muitos outros que estariam dispostos a virar o mundo de ponta cabeça para que ninguém continuasse acreditando. Seria interessante averiguar quantos deles acreditam também no fundo de sua alma que o Natal de agora é uma festa abominável e não se atrevem a dizê-lo por um preconceito que já não é religioso, mas social. O mais grave de tudo é o desastre cultural que estas festas de Natal pervertidas estão causando na América Latina. Antes, quando tínhamos apenas costumes herdados da Espanha, os presépios domésticos eram prodígios de imaginação familiar. O menino Jesus era maior que o boi, as casinhas nas colinas eram maiores que a Virgem e ninguém se fixava em anacronismos: a paisagem de Belém era complementada com um trenzinho de arame, com um pato de pelúcia maior que um leão que nadava no espelho da sala ou com um guarda de trânsito que dirigia um rebanho de cordeiros em uma esquina de Jerusalém. Por cima de tudo, se colocava uma estrela de papel dourado com uma lâmpada no centro e um raio de seda amarela que deveria indicar aos Reis Magos o caminho da salvação. O resultado era na realidade feio, mas se parecia conosco e claro que era melhor que tantos quadros primitivos mal copiados do alfandegário Rousseau. ´´Desilusão´´ A mistificação começou com o costume de que os brinquedos não fossem trazidos pelos Reis Magos — como acontece na Espanha, com toda razão —, mas pelo menino Jesus. As crianças dormíamos mais cedo para que os brinquedos nos chegassem logo e éramos felizes ouvindo as mentiras poéticas dos adultos. No entanto, eu não tinha mais do que cinco anos quando alguém na minha casa decidiu que já era hora de me revelar a verdade. Foi uma desilusão não apenas porque eu acreditava de verdade que era o menino Jesus que trazia os brinquedos, mas também porque teria gostado de continuar acreditando. Além disso, por uma pura lógica de adulto, eu pensei então que os outros mistérios católicos eram inventados pelos pais para entreter aos filhos e fiquei no limbo. Naquele dia — como diziam os professores jesuítas na escola primária —, eu perdi a inocência, pois descobri que as crianças tampouco eram trazidas pelas cegonhas desde Paris, que é algo que eu ainda gostaria de continuar acreditando para pensar mais no amor e menos na pílula. Tudo isso mudou nos últimos 30 anos, mediante uma operação comercial de proporções mundiais que é, ao mesmo tempo, uma devastadora agressão cultural. O menino Jesus foi destronado pela Santa Claus dos gringos e dos ingleses, que é o mesmo Papai Noel dos franceses e aos que conhecemos de mais. Chegou-nos com o trenó levado por um alce e o saco carregado de brinquedos sob uma fantástica tempestade de neve. A má influência americana Na verdade, este usurpador com nariz de cervejeiro é simplesmente o bom São Nicolau, um santo de quem eu gosto muito e porque é do meu avô o coronel, mas que não tem nada a ver com o Natal e menos ainda com a véspera de Natal tropical da América Latina. Segundo a lenda nórdica, São Nicolau reconstruiu e reviveu a vários estudantes que haviam sido esquartejados por um urso na neve e por isso era proclamado o patrono das crianças. Mas sua festa é celebrada em 6 de dezembro, e não no dia 25. A lenda se tornou institucional nas províncias germânicas do Norte no final do século 18, junto à árvore dos brinquedos e a pouco mais de cem anos chegou à Grã-Bretanha e à França. Em seguida, chegou aos Estados Unidos, e estes mandaram a lenda para a América Latina, com toda uma cultura de contrabando: a neve artificial, as velas coloridas, o peru recheado e estes 15 dias de consumismo frenético a que muito poucos nos atrevemos a escapar. No entanto, talvez o mais sinistro destes Natais de consumo seja a estética miserável que trouxeram com elas: esses cartões postais indigentes, essas cordinhas de luzes coloridas, esses sinos de vidro, essas coroas de flores penduradas nas portas, essas músicas de idiotas que são traduções malfeitas do inglês e tantas outras gloriosas asneiras para as quais nem sequer valia a pena ter sido inventada a eletricidade. Tiros no Natal Tudo isso em torno da festa mais espantosa do ano. Uma noite infernal em que as crianças não podem dormir com a casa cheia de bêbados que erram de porta buscando onde desaguar ou perseguindo a esposa de outro que acidentalmente teve a sorte de ficar dormido na sala. Mentira: não é uma noite de paz e amor, mas o contrário. É a ocasião solene das pessoas de quem não gostamos. A oportunidade providencial de sair finalmente dos compromissos adiados porque indesejáveis: o convite ao pobre cego que ninguém convida, à prima Isabel que ficou viúva há 15 anos, à avó paralítica que ninguém se atreve a exibir. É a alegria por decreto, o carinho por piedade, o momento de dar presente porque nos dão presentes e de chorar em público sem dar explicações. É a hora feliz de que os convidados bebam tudo o que sobrou do Natal anterior: o creme de menta, o licor de chocolate, o vinho passado. Não é raro, como aconteceu freqüentemente, que a festa acabe a tiros. Nem tampouco é raro que as crianças — vendo tantas coisas atrozes — terminem acreditando de verdade que o menino Jesus não nasceu em Belém, mas nos Estados Unidos. 

 *Gabriel García Márquez (Aracataca, Magdalena, 6 de março de 1927) é um importante escritor colombiano, jornalista, editor e ativista político de esquerda, que em 1982 recebeu o Nobel de literatura por sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana.

4 de dezembro de 2011

POÉTICA

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.

- Não quero saber do lirismo que não é libertação.

Manuel Bandeira

Poetisa

Para Ana Raquel Bastos, Helô Sales e para quem não ama, mesmo sabendo do amor.

Não sabes o quanto sonha
Mas, compartilhas do sonho.
Não compreendes a vida
Mas nela acredita petulantemente.
Choras fazendo entoar os dementes
Mas sofres calada como os que
Não se julgam loucos.
Tu és fotografia e não realidade,
Imaginação de poeta, e não Imagem virtual.
És de uma meiguice bela e belamente triste.
Tua voz não faz coro ao amor
Também, tampouco, por ele te desternuras.
Mas tens o dom de embalar...
Os perdizes-amantes.
Fosse eu amante, perder-me-ia
Em tuas robustas teias de calenturas...
Fosse eu Camelo ou Nirvana, cantar-te-ias.
Poemas em folhas-diamantes.

(Razek Seravaht)