30 de setembro de 2009
27 de setembro de 2009
BECO DA POEIRA NA CÂMARA
Para onde foi o restante do dinheiro? Por que a prefeitura insiste em ficar com o "esqueleto" e mandar o Beco para a falida fábrica Tomaz Pompeu em frente ao hospital César Cals? Como ficará o hospital com o barulho na fábrica? Por que a obra da fábrica não teve licitação? E qual a relação da construtora Beta com a campanha de Luizianne?
Por que parte da Câmara insiste em não ouvir os permissionários e as lideranças do Beco, preferindo acusar a entidade de corrupta? É melhor dividir os ambulantes para "pior" governar? Por que a imprensa não noticia que os permissionários que estavam na Cãmara ontem foram uníssonos em ir para o "esqueleto", e não querem ir para a fábrica?
E mais, que a oposição no beco e a própria prefeitura foram vaidas pelos ambulantes na Câmara? Tem muito mais perguntas, mas por enquanto é só. Com toda justiça espero que saia a CPI, embora seja uma Cãmara submissa à prefeitura. Abraços!
25 de setembro de 2009
20 de setembro de 2009
BECO DA POEIRA
Manifesto ao Povo e aos Ambulantes de Fortaleza
A luta dos ambulantes sempre foi de muito trabalho e suor, pois nunca tivemos nada de graça, basta lembrar como enfrentávamos o “rapa” no passado e como construímos o Beco da Poeira, essa conquista histórica da categoria, representada pela APROVACE e acordada de forma pacífica, sem que fosse usada nenhuma força policial, ainda na gestão Maria Luiza (1985-88).
Por isso, a APROVACE vem a público esclarecer aos associados/permissionários, ambulantes e ao povo, que há uma tentativa irresponsável da Prefeitura de Fortaleza de “quebrar” e levar o Beco da Poeira à falência, perseguindo e tentando afastar na “marra” a APROVACE de suas funções da Administração do Beco, por meio de artimanhas extrajudiciais.
De fato, em notificação extrajudicial, a prefeitura tenta proibir a APROVACE de administrar o Beco, continuar a construção do “esqueleto”, discutir a obra da fábrica Tomaz Pompeu, e assim, espalha o medo e a desconfiança na categoria, como forma de dividir o povo e os ambulantes para “pior” governar.
Além disso, a prefeitura resolveu confiscar arbitrariamente o “esqueleto” dos associados/permissionários da APROVACE para construir em seu lugar o Restaurante Popular e assim, jogar provisoriamente os ambulantes na falida fábrica.
No mais, cria o caos no comércio ambulante, persegue a APROVACE e ataca a administração do CPNVA (Beco da Poeira), incentivando os permissionários a não pagarem suas despesas condominiais (água, luz, vigilância, limpeza...). Desta forma, não reconhece os direitos da entidade e tenta proibir a associação de representar os interesses dos permissionários e ambulantes de Fortaleza, mas não conseguirá, pois continuamos na luta em defesa dos direitos da categoria.
Esclarecemos também que a entidade já recorreu em juízo da decisão unilateral da prefeitura, pois entende que a medida é arbitrária, injusta e improcedente, e representa parte de uma estratégia de ataque não só ao Beco e à APROVACE, mas a todo o comércio ambulante de Fortaleza.
Portanto, o momento é muito grave para o comércio ambulante, considerando que a Prefeitura faz uma política preconceituosa, elitista e autoritária, visando “limpar” os pontos turísticos e o centro da cidade, jogando os ambulantes para lugar incerto, passando o “trator” político sobre os movimentos legítimos dos ambulantes e feirantes de Fortaleza, o que nos impõe um maior nível de união, solidariedade e luta na defesa dos nossos direitos e da nossa própria sobrevivência.
Lembramos que na atual gestão, a prefeitura através da Guarda Municipal cercou a Praça José de Alencar e empurrou os ambulantes para a praça da “Lagoinha”, depois expulsou os feirantes da Praça da Sé mandando-os para Maracanaú, recentemente, expulsou os ambulantes da Beira-mar e recolheu suas mercadorias, agora pretende mandar os ambulantes da “Lagoinha” para mais distante, e há muito, ataca e procura isolar politicamente a APROVACE visando enfraquecê-la e assim diminuir a resistência dos permissionários e dos ambulantes da cidade.
No entanto, a APROVACE compreende que apesar do jogo “sujo” de interesses políticos e das adversidades, o momento nos possibilita tratar o comércio ambulante como um ativo importante num processo de desenvolvimento econômico endógeno, onde nós trabalhadores informais do centro, possamos sugerir políticas públicas capazes de avançar na forma e no conteúdo, para não sermos tratados somente como um problema social, mas como sujeitos da história real e cotidiana de nossa cidade.
A APROVACE entende que por meio do diálogo podemos construir uma alternativa eficaz e consensual no processo de transferência do Beco da Poeira, sem o autoritarismo adotado atualmente pela Prefeitura que usa da truculência do “rapa” e da Guarda Municipal, além da arrogância e do despreparo da atual secretária do Centro que só pretende intimidar os trabalhadores.
O que propomos à sociedade fortalezense é uma discussão democrática e aberta sobre o futuro do comércio ambulante e o desenvolvimento econômico de Fortaleza, envolvendo todos os setores sociais, e considerando o olhar preocupado do povo que vive do comércio informal e que pode contribuir de forma endógena numa proposta social concreta, capaz de possibilitar um desenvolvimento econômico sustentável e viável para o trabalho informal no município.
Ao mesmo tempo, nos propomos a aprofundar o debate a cerca de um planejamento estratégico que assegure o futuro do comércio ambulante, a revitalização do centro e o seu desenvolvimento sustentável.
Diante dessa enorme ameaça à nossa sobrevivência, conclamamos a todos os trabalhadores informais, permissionários e ambulantes de Fortaleza, desde a Beira-mar, Praça da Sé, Praça da Lagoinha, Rua José Avelino, Ruas do Centro, Beco da Poeira e demais áreas da cidade, a resistir e defender o nosso direito de trabalhar e viver dignamente.
Ambulantes de toda Fortaleza, uni-vos! E até a vitória, sempre!
APROVACE
Tudo passa
18 de setembro de 2009
des(encontro)
des(encontro)
tua pele nevoante
contagia
afaga
irradia
pétalas de um gosto
eterno
estranho
terno
teu olhar não cativa
paralisa
perturba
inferniza
sincero como um beijo
delirante
preciso
vacilante
e
apesar
da mão macia
do sorriso forte
da voz alegria
do diálogo comigo
do des(encontro)
do adeus amigo
eu me recomponho
absorto
insensato
morto
em mais uma
poesia
(Razek Seravhat)
Poema dedicado a Erica, colega que tive a oportunidade de rever numa tarde quente de setembro, ao embarcarmos num paranjana lotado e sermos obrigados a fazer mais uma das muitas viagens desagradáveis que quase sempre temos que realizar.
17 de setembro de 2009
CMP CE REALIZA ATO NO MINISTÉRIO PÚBLICO
ABAIXO A REPRESSÃO E A CRIMINALIZAÇÃO CONTRA PESSOAS E MOVIMENTOS!
A Central de Movimentos Populares do Ceará - CMP Ce, realiza amanhã (18/09), às 9h, ato em solidariedade as famílias sem – tetos, criminalizadas pelo o Ministério Público do Ceará, no bairro Monte Castelo.
No dia 18 de Agosto, famílias oriundas da comunidade Vila Gege cadastradas pelo HABITAFOR, cansadas de exigir providências para a falta de moradia, ocuparam alguns apartamentos do conjunto D. Helder Câmara na AV. Francisco Sá. Este conjunto é uma obra do governo do Estado, e administrado conjuntamente com a prefeitura de Fortaleza. No dia da ocupação houve uma tentativa de expulsar uma das famílias através de forte esquema de repressão, integrado pelo ronda do quarteirão, policia militar e guarda municipal. Todos para tentar retirar uma mulher com cinco filhos menores. A CMP através do Movimento Sem Casa e da Casa Chiquinha Gonzaga participou da resistência que teve apoio da comunidade. Garantindo a permanência da família no local, mesmo com agressões físicas e ameaças de prisões contra populares e dirigentes da CMP. No entanto, as perseguições continuaram. Inicialmente, com intimação na delegacia do bairro, e as famílias ocupantes foram intimadas pelo Ministério Público para depor no dia 11 de setembro. Os depoimentos resultaram em muita pressão e ameaças. Esta prática foi muito utilizada pela ditadura que não admitia as lutas sociais como uma resposta a falta de políticas públicas, e perseguia mobilizações para criminalizar pessoas e organizações tentando impedir o avanço das lutas. Amanhã está marcado novos depoimentos, isso significa continuar a sessão de torturas psicológicas contra na sua maioria mulheres que cometeram o “crime” de lutar pelo direito de moradia digna. Defendemos para combater essa truculência do estado burguês a unidade das organizações populares que lutam por moradia.
SERVIÇO:
ATO NO MINISTÉRIO PÚBLICO NA RUA ALMEIDA FILHO, 636, MONTE CASTELO.
DATA: SEXTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2009.
ÀS 9:00 HORAS
CONTATO:
cmpceara@yahoo.com.br
Eliane Almeida 8844 4712
Carlos Alberto 8887 5727
“QUANDO OS POBRES NO MUNDO SE UNIR A BURGUESIA NÃO VAI RESISTIR!”
CENTRAL DOS MOVIMENTOS POPULARES DO CEARÁ – CMPCE
http://www.cmpceara.blogspot.com
15 de setembro de 2009
Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
Manuel Bandeira, autor de um dos livros mais completos da literatura no Brasil, "Cinzas das Horas". Seu ecletismo e o amor pela melancolia ajudaram-no, a compor uma poética recheada de versos livres, humor e amargura diante das desigualdades sociais.
11 de setembro de 2009
9 de setembro de 2009
5 de setembro de 2009
A Gente Merece Ser Feliz
Tudo que eu fiz
Foi ouvir o que o meu peito diz:
"Que apesar de tanta magoa
Vale a pena toda a luta
Para ser feliz"
Tudo que eu fiz foi seguir
a mesma diretriz
Confiando e acreditando
Que na vida todo mundo
pode ser feliz
É preciso crer no coração
Porque se não
Não tem razão de se viver
E eu quero ver
Nascer um tempo bom
Meu peito diz:
"Coração da gente é igual ao país"
Não deu certo uma mudança
você muda de esperança
Porque a gente merece ser feliz
2 de setembro de 2009
15º GRITO DOS EXCLUÍDOS DE FORTALEZA
abraço.
INTERVENÇÃO PARA A COPA 2014
O historiador Guilherme Lemos Marques, doutorando em Planejamento Urbano pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ), apresenta no seminário a experiência vivida pela população do Rio de Janeiro quando da realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007. E debatedores de Fortaleza vão discutir os projetos de intervenção previstos para a Copa de 2014 e seus impactos na vida da população, em especial das comunidades empobrecidas, onde as intervenções públicas já anunciadas representam ameaças a direitos sociais. Inscrições pelo (85) 3261-2607 ou epupp@cearahperiferia.org.br.
A segunda edição do curso A cidade em movimento – fazendo política e discutindo direitos será realizada de 15 de setembro a 12 de dezembro de 2009, com aulas às terças, quintas e alguns sábados, na sede do Cearah Periferia, na Aldeota. Está estruturado em cinco módulos: Direitos Humanos - O que temos a ver com isso?; Direito Humano à Cidade; Meio ambiente, mudanças climáticas e a cidade; Autonomia econômica enquanto condição para dignidade humana; e Multiplicando práticas sociais e concretizando Direitos Humanos. Inscrições até 2 de setembro. epupp@cearahperiferia.org.br