30 de dezembro de 2011

Vamos precisar de todo mundo

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NOTA DAS CEBs NO JORNAL O POVO

Nota das CEBs no Jornal O Povo, Pg 25 - 18/12/2011 

As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Arquidiocese de Fortaleza
Nota de apoio às comunidades do trilho em luta contra a política de higienização social do Governo do estado
As Comunidades Eclesiais de Base de Fortaleza, sensibilizadas pelo clamor dos moradores ao longo da via férrea entre Parangaba e Mucuripe, vêm a público declarar sua irrestrita solidariedade aos concidadãos ameaçados de remoção pelo Governo do Estado do Ceará e denunciar oautoritarismo e a falta de diálogo e transparência deste mesmo Governo. Diante da propaganda oficial maciça com relação às obras para a COPA de 2014, as CEBs querem tomar posição, questionando os seguintes pontos:
                                 I.            Admitindo a utilidade do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para melhorar a infraestrutura da cidade em vista da COPA de 2014, questiona-se, no entanto, a necessidade de fazê-lo correr por sobre o trilho atual, já que isso implica mexer com as residências de 5000 famílias, distribuídas em 22 comunidades ao longo da via férrea – algo que é muito oneroso para os cofres públicos, devido às indenizações. Em muitas cidades europeias o VLT (ou bonde) corre sobre trilhos colocados dentro do leito da rua, em faixa própria, sem prejuízo para o trânsito de automóveis. O fato de o Governo Cid Gomes ter descartado tão depressa as alternativas tecnológicasexistentes indica que pretende mesmo é “limpar” a área nobre da cidade de famílias pobres para entregar o espaço às grandes construtoras de prédios e condomínios de luxo. Um vídeo que está circulando na Internet e mostra o governador prometendo a empresários disponibilizar aquela área para a “verticalização” comprova claramente esta suspeita!
                                II.            As famílias ameaçadas pelo projeto “Mobilidade Urbana” experimentam, em pleno Natal, um clima de terror e de total insegurança com relação ao futuro de seus lares. Os agentes do Estado têm mantido a população atingida cronicamente desinformada; as iniciativas do Governo têm chegado aos ouvidos das comunidades através da imprensa. Dada a magnitude do drama social que as planejadas remoções desencadearão, deve-se repudiar com veemência oautoritarismo e a falta de diálogo com que as autoridades públicas (des)tratam cidadãos e cidadãs pobres de Fortaleza.
                              III.            O poder municipal está omisso nessa questão. Sobretudo a comunidade do Lagamar, transformada em ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) há alguns anos, lembra como a prefeita vetou ao Governo do Estado a implantação de um estaleiro no Titanzinho. Sendo autoridade máxima na capital, poderia fazer o mesmo no caso do Lagamar e de outras comunidades, apostando em urbanização e qualificação das moradias existentes ao invés de remoção. Ou prevaleceria aqui o acordo político eleitoral com o governador por sobre os direitos de cidadãos fortalezenses?
                             IV.            As famílias que já aceitaram acordo com os agentes do Governo, por quererem deixar o Trilho em busca de uma área melhor para morar, estão hoje arrependidas: Suas casas têm sido avaliadas muito abaixo de seu real valor, com propostas deindenização pífias que não permitem adquirir uma moradia decente alhures. O Estado nega-se a indenizar mais do que “as paredes da casa”, alegando que a maioria das famílias, embora resida há décadas em seus terrenos, nunca requereu título de propriedade através da Lei do Usucapião.Na verdade, a autoridademunicipaldeveria ter providenciado há anos a regularização dos títulos fundiários para esta população.Além disso, habitam normalmente em cada terreno dois ou três núcleos familiares – que são indenizados como se fossem uma única casa! Quanta injustiça!
                               V.            Verificou-se que o terreno apontado pelo Governo Cid para receber as famílias removidas do Trilho, situado além do bairro Pref. José Walter, encontra-se até agora sem infraestrutura e construção alguma. Ao invés disso, está ocupado por população sem-teto à qual tinha sido prometido, anteriormente, como local de sua futura moradia! Diante do impasse, o Governo Estadual aprovou, em regime de urgência, mensagem na AL que autoriza pagamento de R$ 200,- mensais de “aluguel social” para as famílias mais carentes, até o recebimento de um imóvel no projeto Minha Casa, Minha Vida. Pergunta-se: Onde numerosas famílias acharão, contando apenas com esta quantia ridícula, abrigo de sol e chuva – e isso ao longo de no mínimo um ano, já que nenhuma obra habitacional foi iniciada até agora para receber toda essa população? Que “Feliz Ano Novo” é esse que o Governo deseja a seus cidadãos?
                             VI.            As comunidades reivindicam que o Governo do Estado cumpra a lei que estabelece como dever das autoridades encontrar um terreno nos arredores (até 2 km) do antigo local de moradia para reassentamento de populações removidas. Os moradores do trilho têm direito de permanecerem próximos à área em que têm vivido todos esses anos. Não querem nada além do que é justo. As Comunidades Eclesiais de Base já os apoiamnesta luta. Conclamamos todas as pessoas de boa vontade e as entidades cívicas de defesa dos direitos do cidadão a se ocuparem, também, dessa causa! Para que a justiça e a paz se abracem de verdade, neste Natal...

Pela abertura imediata de negociações entre governo e comunidades! Pelo direito à moradia digna!

ACoordenação A r q u i d i o c e s a n a   d a s   C E B s   d e   F o r t a l e z a   (8736-6963 e 3263-2730)

28 de dezembro de 2011

A cidadania é a cultura,é o amor á vida!

Comecei a caminhar
Recordando á mim, que a cada dia
Há algo para entender, exercitar
Assim fui avançando
Cada vez mais sem errar

Quando segui em direção ao sol
Percebi que tudo que necessitava
Era cultivar amor e esperança
Para ser um humano
Virtuoso e integro

Não há como ter cidadania
Sem a intensidade do amor,
Da compreensão, da amizade;
Que se é requerida.

Quem pode tornar o
mundo melhor sou eu;
Não tem por que, causa ou prol
De esperar que as regras mudem
Para mostrar algo real

Meu júbilo maior é a melodia, é a poesia!
E esta é a causa de eu sempre relatar;
Não há cidadania sem cultura
Não há cidadania sem amor á vida.

25 de dezembro de 2011

Que pena! Preferia não ter razão:



Para João Moreira Cavalcante Neto  e os estranhos

Desanima-me vê que o ser feliz
É só mais um faz de conta
Num mundo que de ponta a ponta
Não sabe o sentido e o legítimo segredo do Natal...
Já pensou se o que está posto não fosse só um creme de menta acompanhado com licor de mentiras?
Como poderia ser diferente...
Se ao invés de ouvirmos as pessoas perguntarem:
- cadê o meu presente de natal?-
Elas procurassem se encontrar
Não só com seus amigos invisíveis
Mas com realizações que não passariam
Porque não são apenas fantasias
Mas sonhos e desejos fincados com
os calos de nossas alegrias.
(E são tantos)
Quem sabe...  Assim,
Pudéssemos partilhar a Noite Feliz
Não apenas por um dia
E tão somente com alguns
Mas com muitos e para o resto de nossas vidas.
E, talvez, fosse possível trilhar
um caminho de fraternidade social,
de respeito entre os ímpares, 
com significativa ausência de inimigos,
e com os seres humanos 
preocupados uns com os outros,
sem piedade;
(é tão humilhante esse sentimento de pena.)
O mundo não precisava ser azul, ele já é.
Bastava compartilharmos,
do frio à mesa farta,
Ao invés de lamento,
Fragrância, essência sinceramente.
Ah... Se a poesia que ora escrevo
Tocasse fundamente
O coração e a razão das pessoas
que acreditam plenamente no natal,
e elas, finalmente, entendessem
que não é porque receberam um cartão de boas festas,
ou porque foram cumprimentadas
uma única vez ao ano
que por isso, tudo se tornará
melhor.
E mais, se elas notassem
que o valor de ser gente está na força coletiva que nos aproxima e não na ilusão que nos afasta.
Ah... Se assim fosse... Talvez, quem sabe?
O que nos une seria capaz de fazer brotar a paz e o que nos separa, poderia até reinventar os felizes apesar dos infelizes...
Desconfio se assim fosse... 
Que nem infelizes existiriam.

(Razek Seravhat)


24 de dezembro de 2011

Gilvan Rocha: GOVERNO POPULAR?

Gilvan Rocha: GOVERNO POPULAR?: Há uma situação de degradação política nas hostes da esquerda. Sobretudo, a autointitulada marxista-leninista, justamente por n...

Dimensão (não) Real

Posso escutar o sino batendo,e a música soa em meu ouvidos suavemente como uma brisa de inverno arrebatadora...e ela leva minha alma sem vida para a dimensão da luz,aonde todos podem ser quem são,aonde todos são um futuro da nação.E a música que tanto aquece meu espírito me torna novo,me torna algo significante,e nesta dimensão todos dançam livremente,por que são todos felizes,são todos companheiros;é uma grande melancolia para mim saber que nada disso ainda é a dimensão real!

(Ingred Serra)

23 de dezembro de 2011

Uma poesia que não gosto do final

Entre uma canção de Eugênio Leandro, um cheiro quente de minha companheira e uma terrível saudade de minha mãe que partiu, antes mesmo da invenção do celular, fiz, dedicado à Daniel Poeisio, ao Poeta Brasil, Ao literato Wesclei Ribeiro, a estimada sobrinha Lívia Tavares e para quem vivencia o natal sem consumo, os seguintes versos, que muitos dizem que não é poema, mas isto é assunto para outro poema.

Tempo de natal

O brilho dos luzentes,
A troca de presentes,
A árvore enfeitada,
O desejo escolhido,
A fé Ensejada
O peru assado,
A mesa colocada,
O jardim sonhado
Tudo pronto e anunciado
Para enfim ser comemorado
O nosso tempo sem Natal.

(Razek Seravhat)

21 de dezembro de 2011

Tempo de ter infância


Brincar de Carrinho,
Amarelinha e boneca,
Corda, bola, peteca.
Tudo tem a sua época

À tardinha correr,
Brincar de pega-pega,
esconde, esconde queimada.
Sempre animada.

Jogar descalço na areia,
Teatro de fantoche, pé de meia.
Pintar com giz de cera,
futuro colorido.

Onde das pequenas mãos
os calos tenham sumido,
pintar uma harmonia aquarela,
criança tem direito de ser ela.

Tempo de riscar a lousa com giz
Tempo de ser feliz
Tempo de ter infância,
Tempo de ser criança,

Tempo de sonhar,
ler livrinho faz de conta
Tempo de ter esperança,
Tempo de ter infãncia
Tempo de ser criança.

(Ingred Serra)

6 de dezembro de 2011

Estas sinistras festas de Natal

Por Gabriel García Márquez*
 Ninguém mais se lembra de Deus no Natal. Há tanto barulho de cornetas e de fogos de artifício, tantas grinaldas de fogos coloridos, tantos inocentes perus degolados e tantas angústias de dinheiro para se ficar bem acima dos recursos reais de que dispomos que a gente se pergunta se sobra algum tempo para alguém se dar conta de que uma bagunça dessas é para celebrar o aniversário de um menino que nasceu há 2 mil anos em uma manjedoura miserável, a pouca distância de onde havia nascido, uns mil anos antes, o rei Davi. Cerca de 954 milhões de cristãos — quase 1 bilhão deles, portanto — acreditam que esse menino era Deus encarnado, mas muitos o celebram como se na verdade não acreditassem nisso. Celebram, além disso, muitos milhões que nunca acreditaram, mas que gostam de festas e muitos outros que estariam dispostos a virar o mundo de ponta cabeça para que ninguém continuasse acreditando. Seria interessante averiguar quantos deles acreditam também no fundo de sua alma que o Natal de agora é uma festa abominável e não se atrevem a dizê-lo por um preconceito que já não é religioso, mas social. O mais grave de tudo é o desastre cultural que estas festas de Natal pervertidas estão causando na América Latina. Antes, quando tínhamos apenas costumes herdados da Espanha, os presépios domésticos eram prodígios de imaginação familiar. O menino Jesus era maior que o boi, as casinhas nas colinas eram maiores que a Virgem e ninguém se fixava em anacronismos: a paisagem de Belém era complementada com um trenzinho de arame, com um pato de pelúcia maior que um leão que nadava no espelho da sala ou com um guarda de trânsito que dirigia um rebanho de cordeiros em uma esquina de Jerusalém. Por cima de tudo, se colocava uma estrela de papel dourado com uma lâmpada no centro e um raio de seda amarela que deveria indicar aos Reis Magos o caminho da salvação. O resultado era na realidade feio, mas se parecia conosco e claro que era melhor que tantos quadros primitivos mal copiados do alfandegário Rousseau. ´´Desilusão´´ A mistificação começou com o costume de que os brinquedos não fossem trazidos pelos Reis Magos — como acontece na Espanha, com toda razão —, mas pelo menino Jesus. As crianças dormíamos mais cedo para que os brinquedos nos chegassem logo e éramos felizes ouvindo as mentiras poéticas dos adultos. No entanto, eu não tinha mais do que cinco anos quando alguém na minha casa decidiu que já era hora de me revelar a verdade. Foi uma desilusão não apenas porque eu acreditava de verdade que era o menino Jesus que trazia os brinquedos, mas também porque teria gostado de continuar acreditando. Além disso, por uma pura lógica de adulto, eu pensei então que os outros mistérios católicos eram inventados pelos pais para entreter aos filhos e fiquei no limbo. Naquele dia — como diziam os professores jesuítas na escola primária —, eu perdi a inocência, pois descobri que as crianças tampouco eram trazidas pelas cegonhas desde Paris, que é algo que eu ainda gostaria de continuar acreditando para pensar mais no amor e menos na pílula. Tudo isso mudou nos últimos 30 anos, mediante uma operação comercial de proporções mundiais que é, ao mesmo tempo, uma devastadora agressão cultural. O menino Jesus foi destronado pela Santa Claus dos gringos e dos ingleses, que é o mesmo Papai Noel dos franceses e aos que conhecemos de mais. Chegou-nos com o trenó levado por um alce e o saco carregado de brinquedos sob uma fantástica tempestade de neve. A má influência americana Na verdade, este usurpador com nariz de cervejeiro é simplesmente o bom São Nicolau, um santo de quem eu gosto muito e porque é do meu avô o coronel, mas que não tem nada a ver com o Natal e menos ainda com a véspera de Natal tropical da América Latina. Segundo a lenda nórdica, São Nicolau reconstruiu e reviveu a vários estudantes que haviam sido esquartejados por um urso na neve e por isso era proclamado o patrono das crianças. Mas sua festa é celebrada em 6 de dezembro, e não no dia 25. A lenda se tornou institucional nas províncias germânicas do Norte no final do século 18, junto à árvore dos brinquedos e a pouco mais de cem anos chegou à Grã-Bretanha e à França. Em seguida, chegou aos Estados Unidos, e estes mandaram a lenda para a América Latina, com toda uma cultura de contrabando: a neve artificial, as velas coloridas, o peru recheado e estes 15 dias de consumismo frenético a que muito poucos nos atrevemos a escapar. No entanto, talvez o mais sinistro destes Natais de consumo seja a estética miserável que trouxeram com elas: esses cartões postais indigentes, essas cordinhas de luzes coloridas, esses sinos de vidro, essas coroas de flores penduradas nas portas, essas músicas de idiotas que são traduções malfeitas do inglês e tantas outras gloriosas asneiras para as quais nem sequer valia a pena ter sido inventada a eletricidade. Tiros no Natal Tudo isso em torno da festa mais espantosa do ano. Uma noite infernal em que as crianças não podem dormir com a casa cheia de bêbados que erram de porta buscando onde desaguar ou perseguindo a esposa de outro que acidentalmente teve a sorte de ficar dormido na sala. Mentira: não é uma noite de paz e amor, mas o contrário. É a ocasião solene das pessoas de quem não gostamos. A oportunidade providencial de sair finalmente dos compromissos adiados porque indesejáveis: o convite ao pobre cego que ninguém convida, à prima Isabel que ficou viúva há 15 anos, à avó paralítica que ninguém se atreve a exibir. É a alegria por decreto, o carinho por piedade, o momento de dar presente porque nos dão presentes e de chorar em público sem dar explicações. É a hora feliz de que os convidados bebam tudo o que sobrou do Natal anterior: o creme de menta, o licor de chocolate, o vinho passado. Não é raro, como aconteceu freqüentemente, que a festa acabe a tiros. Nem tampouco é raro que as crianças — vendo tantas coisas atrozes — terminem acreditando de verdade que o menino Jesus não nasceu em Belém, mas nos Estados Unidos. 

 *Gabriel García Márquez (Aracataca, Magdalena, 6 de março de 1927) é um importante escritor colombiano, jornalista, editor e ativista político de esquerda, que em 1982 recebeu o Nobel de literatura por sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana.

4 de dezembro de 2011

POÉTICA

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.

- Não quero saber do lirismo que não é libertação.

Manuel Bandeira

Poetisa

Para Ana Raquel Bastos, Helô Sales e para quem não ama, mesmo sabendo do amor.

Não sabes o quanto sonha
Mas, compartilhas do sonho.
Não compreendes a vida
Mas nela acredita petulantemente.
Choras fazendo entoar os dementes
Mas sofres calada como os que
Não se julgam loucos.
Tu és fotografia e não realidade,
Imaginação de poeta, e não Imagem virtual.
És de uma meiguice bela e belamente triste.
Tua voz não faz coro ao amor
Também, tampouco, por ele te desternuras.
Mas tens o dom de embalar...
Os perdizes-amantes.
Fosse eu amante, perder-me-ia
Em tuas robustas teias de calenturas...
Fosse eu Camelo ou Nirvana, cantar-te-ias.
Poemas em folhas-diamantes.

(Razek Seravaht)

12 de novembro de 2011

FAXINA DA ALMA

Faxina da alma
Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e, o mais importante, acreditar em você de novo. Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia. Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos.
Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.

Pois é... agora é hora de reiniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Um corte de cabelo arrojado diferente, um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio, quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando... Ta se sentindo sozinho? Besteira, tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento".

Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você. Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai comendo nosso fígado, até a boca fica amarga. Recomeçar...

Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? Alto? Sonhe alto! Queira o melhor do melhor. Queira coisas boas para a vida. Pensando assim, trazemos prá nós aquilo que desejamos.

Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental.

Jogue fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes. Fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados.
Jogue tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor.

Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas, nós somos o "Amor".
Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.
Carlos Drummond de Andrade

Retirado do blog: escolajosemilitao.blogspot.com

8 de novembro de 2011

Abertura do Seminário: A literatura Cearense em Revista na Atualidade

Estão abertas a partir de hoje, 01, até o dia 08 de novembro, as inscrições para o seminário A Literatura Cearense em Revista na Atualidade - Conteúdos, Práticas e Resultados, premiado no Edital das artes de 2010/ Literatura, Livro e Leitura. O evento de formação cultural é gratuito e será realizado nos de 08 a 11 de novembro, às 18h30, na sede da SOLAR (Associação Cultural Solidariedade e Arte).

Trata-se de um evento, que contará com 4 seminários formativos sobre as Revistas Literárias, produzidas por coletivos de escritores e artistas cearenses, além de oficinas práticas, performance poética, roda literária com participação do público presente e exposição das respectivas publicações.

Programação:

08/11 – Cerimônia de abertura
Palestra - A literatura cearense em revista – conteúdos, práticas e resultados.

Palestrante: Nilze Costa e Silva - escritora.

09/11 – A construção da literatura cearense através das revistas (Dos anos 1960 até os anos 1990)
Palestrante: Guaracy Rodrigues - escritor, compositor e cineasta.

10/11 – Do Caos aos Mamíferos: revistas literárias na atualidade
Palestrante: Joanice Sampaio - jornalista e produtora cultural.

11/11 – Encerramento
Performances poéticas de José Leite Netto
Exposição de revistas literárias
Apresentação musical
Roda literária com a participação do público presente.



ServiçoInscrição Gratuita entre os dias 01 e 08 de novembro no local.
Av. da Universidade, 2333, Benfica
Informações (85) 32261189 (85) 96459492
E-mail: associacaosolar@gmail.com

2 de novembro de 2011

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O SEMINÁRIO- A LITERATURA CEARENSE EM REVISTA

Estão abertas a partir de hoje, 01, até o dia 08 de novembro, as inscrições para o seminário A Literatura Cearense em Revista na Atualidade - Conteúdos, Práticas e Resultados, premiado no Edital das artes de 2010/ Literatura, Livro e Leitura. O evento de formação cultural é gratuito e será realizado nos de 08 a 11 de novembro, às 18h30, na sede da SOLAR (Associação Cultural Solidariedade e Arte).

Trata-se de um evento, que contará com 4 seminários formativos sobre as Revistas Literárias, produzidas por coletivos de escritores e artistas cearenses, além de oficinas práticas, performance poética, roda literária com participação do público presente e exposição das respectivas publicações.

Programação:

08/11 – Cerimônia de abertura
Palestra - A literatura cearense em revista – conteúdos, práticas e resultados.

Palestrante: Nilze Costa e Silva - escritora.

09/11 – A construção da literatura cearense através das revistas (Dos anos 1960 até os anos 1990)
Palestrante: Guaracy Rodrigues - escritor, compositor e cineasta.

10/11 – Do Caos aos Mamíferos: revistas literárias na atualidade
Palestrante: Joanice Sampaio - jornalista e produtora cultural.

11/11 – Encerramento
Performances poéticas de José Leite Netto
Exposição de revistas literárias
Apresentação musical
Roda literária com a participação do público presente.



Serviço
Inscrição Gratuita entre os dias 01 e 08 de novembro no local.
Av. da Universidade, 2333, Benfica
Informações (85) 32261189 (85) 96459492
E-mail: associacaosolar@gmail.com

29 de outubro de 2011

MENSAGEM DE UM ENFERMO






          MENSAGEM DE UM ENFERMO

                                 Jonas Serafim

"Eu estava enfermo e cuidaram de mim" (Mt 25,36).
Lembrei do pó que somos e ao pó que nos tornaremos. (Gn 3,l9).
Lembrei de que somos de uma origem divina, pois, "O Espírito de Deus repousa sobre nós" (1Pd 4,14).
Sobreviveremos com uns ajudando os outros, "como companheiros das aflições e também da consolação" (2 Cor 1,7).
Lembrei de que somos educados no contexto do tempo, mas transcenderemos a tudo na fé perseverante (At 14,22) em busca da paz. Essa é a nossa missão de esperança e a nossa glória incomensurável (Rm 8,18).
A vida na terra é uma luta de tempo pouco durável cheia de dor e angústia (Jó 7,1-3s).
Por isso é preciso misericórdia e não sacrifício (Mt9, 13).
A carne é um processo crisológico finito que é carente de muitos cuidados.
A todos foi imposta uma grande inquietação, pois, "o sono da noite perturba-nos as ideias" ( Eclo 40,1-5).
Cada um com a sua cruz e tribulações. Estamos todos presos no mundo como raízes e estrelas, cada um ungido com a sua liberdade ou condenação (1 Cor 11,32.34).
"Toda cabeça está contaminada pela doença, todo o coração está enfermo" (Is 1,5).
A todos nós nos foi dado um corpo para lembrarmos dos sofrimentos dos irmãos (Hb 13,1-3);
Para vivermos o amor fraterno permanente.
Depois de tudo, a Graça fortalecerá e a Deus toda a glória será (Rm 3,24).


guerra tem nome

22 de outubro de 2011

O LUCRO DOS BANQUEIROS tinha que produzir alguma coisa boa...



 ITAÚ DISTRIBUI MAIS LIVROS!

Segue divulgação de interesse.
"Pessoal, lembra que no ano passado o itaú fez uma campanha de distribuição de livros infantis?? 
ELA VOLTOU!!!  cliquem no link abaixo: http://www.itau.com.br/itaucrianca/
"é só pedir uma coleção, inserindo poucos dados, como cpf, data de nascimento, email e endereço. São enviados via correios, sem custo nenhum, e neste ano, virão três livros maravilhosos: Adivinha o quanto eu te amo? ; Chapeuzinho amarelo, do Chico buarque e ilustrações do Ziraldo, e Festa no céu. Peçam para dar aos seus filhos, netos, sobrinhos, etc. Se não tiverem crianças, peçam mesmo assim e me mandem que eu encaminho, tem várias crianças sem livros nos meus trabalhos! Podem pedir para mais de uma pessoa no mesmo endereço, sabemos que eles entregam mesmo. obaaa, livros!

( Nina Gonçalves)

15 de outubro de 2011

Definhando

Observe que cada  verso do poema começa com letra minúscula. Esta foi a forma que encontrei, para dizer, neste fatídico 15 de outubro, que a educação em nosso Estado, está de luto... por causa do descaso e do desrespeito por parte dos governos aos educadores e educadoras.

definhando

na saudade de um amor triste
me perdi no calaboca
de um mundo impossível.
a esperança se fez réstia
de lágrima irredutível
que se aproveitou e fincou
seu caule de bambu.
E hoje, até aquele bambolear
da criança engraçada
agora me faz chorar.

( Do outro lado - Razek Seravhat )

13 de outubro de 2011

Pode ser útil


Quatro informações úteis não divulgadas! Principalmente a QUARTA


1. Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.
O cartório eletrônico, já está no ar! www.cartorio24horas.com.br

 
Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.
Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.

Passe para todo mundo, que este é um serviço da maior importância.



2. DIVULGUE. É IMPORTANTE: AUXÍLIO À LISTA
Telefone 102... não!
Agora é: 08002800102
Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente são importantes......
NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.
SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇO VERDADEIRAMENTE GRATUITO.

Não custa divulgar para mais gente ficar sabendo.


 
3. Importante: Documentos roubados - BO (boletim de occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???

Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade
 na emissão da 2ª via de tais documentos como:
Habilitação (R$ 42,97);Identidade (R$ 32,65);Licenciamento Anual de Veículo(R$ 34,11)..

Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ Habilitação e Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP..


 
 
4) MULTA DE TRANSITO : essa você não sabia
 
 No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.

Código de Trânsito BrasileiroArt. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa. 

10 de outubro de 2011

Programa Música e Poesia

Acesse http://www.bairroj23.com/fmjoao23/ e confira aos domingos de 16h às 18h, o Programa Música e Poesia, que possui a participação de Livia Tavares e a apresentação de Toni Ferreira, Razek Seravhat e Wesclei Ribeiro. 

3 de outubro de 2011

Na periferia existe vida inteligente


CINECLUB NO CALÇADÃO DOS SKATISTAS DIA 06 DE OUTUBRO A PARTIR DE 19H
RUA PROFESSORA HELOISA FERREIRA LIMA ESQUINA COM VILA RICA -SERRINHA.
EXIBIÇÃO DO FILME "COMO UMA ONDA" (A HISTÓRIA DA RÁDIO FAVELA)
REALIZAÇÃO: CARAVANA DA PERIFERIA
COMITÊ POPULAR DA COPA

20 de setembro de 2011

Cordel para Cid

No Ceará a luta dos professores em greve também é feita em cordel
Os professores da rede estadual do Ceará estão em greve e a luta em defesa da valorização do magistério e em defesa da educação naturalmente transborda para a luta contra o governo, que no Ceará tem à frente o psbista Cid Gomes e o apoio incondicional do PT. Para enfrentá-lo os professores não só vem parando as aulas e tomando as ruas, mas também ocupam as letras e as linhas do Cordel.

O que publicamos a seguir chama-se "Cordel para Cid" escrito pelo professor Francinilto Almeida de Tabuleiro do Norte no Ceará.

1.
Em discursos de políticos
Há certas prioridades
Dentre as quais EDUCAÇÃO
Incluem essas “beldades”
Mas o que se vê de fato
É um grande desacato
Recheado de maldades.

2.
O Piso do Magistério
Como Lei Nacional
Surgiu em 2009
Regra Constitucional
Mas alguns governadores
“Amigos” dos professores
Buscaram o Tribunal.

3.
Entretanto o STF
Com visão mais ampliada
Disse “Não!” aos “amiguinhos”
Daquela grande empreitada
O Piso Salarial
Já é Lei Nacional
Precisa ser respeitada.

4.
Mas não é isso o que vemos
Garanto, posso afirmar.
Sou professor e me negam
Essa Lei tão exemplar
São interesses mesquinhos
Desses nossos “amiguinhos”
Que brincam de governar.

5.
Dos Estados do Nordeste
É somente o Ceará
Que desobedece o Piso
E fica no deus-dará
Pois o Sr. Cid Gomes
É um dos ilustres nomes
Que contra essa Lei está.

6.
E como se não bastasse
Andando na contramão
Ele fica com gracinhas
Sem a menor atração
Nem percebe o desmantelo
Devido à falta de zelo
Com a “pobre” Educação.

7.
Nunca se viu nesse Estado
Um jogo tão inclemente:
Dividiu-se a Escola Pública
Da forma mais indecente
Uns são privilegiados
Ricamente bem tratados
Inscrição: SOU COMPETENTE.

8.
No lado esquerdo, porém
Estão os discriminados...
Tentaram, fizeram testes...
Mas foram, sim, reprovados.
Então não podem tocar
Desse mais fino manjar
Dos “deuses” bem educados.

9.
E são dois tipos de IMPOSTOS?
Eu me ponho a perguntar.
Por que este é escolhido
Sem que aquele possa entrar?
Uns têm muitas regalias
Sentem-se reis em folias,
Outros vivem a penar.

10.
Denuncio com firmeza
Esse abuso insolente
Minha escola, lado-a-lado
De uma ESCOLA COMPETENTE
Não temos quadra, sequer
Nós somos, sim, da ralé
Inscrição: INCOMPETENTE.

11.
Será que existe algum pai
Alguma mãe tão sofrida
Que não queiram profissão
Nessa amargurada vida
Para os seus filhos amados
De novo assim massacrados
Por uma regra indevida?

12.
Isso tudo só se dá
Para efeito camuflado
Pois nosso Governador
O que quer é resultado
As escolas oprimidas
Por certo serão supridas
Pelas do “recheio” amado.

13.
Não somos contra as escolas
Que ensinam a profissão.
Estamos insatisfeitos
Com a discriminação
Os direitos são iguais
Ninguém é menos nem mais
Em termos de educação.

14.
Além dessas injustiças
Sem cumprir a Lei do Piso
O professor corre o risco
De também perder o siso
Pois nosso Governador
Aumentando a nossa dor
Acha mesmo que é preciso.

15.
“Ensina quem tem amor”
“Nem carreira existiria”
“Por que fizeram concurso?”
São frases de maestria
Que o nosso Governador
Com carinho e com amor
Solta a plena luz do dia.

16.
E Vossa Excelência diz:
“Ensina quem tem amor...”
Pois é isto o que não falta
Na vida de um professor
O que falta é dignidade
Por parte da autoridade
Isto, sim, Governador.

17.
Não sabe Vossa Excelência
A rotina que mantém
Um professor que se preza
Na carreira que convém
Somente com muito amor
Mesmo com o Governador
Sugando o pouco que tem.

18.
Esse desprezo que vemos
Com palavras tão cruéis
Mostra a sua ingratidão
Com profissionais fiéis
Pois professor é amigo
É pai, é mãe é abrigo...
São muitos os seus papéis.

19.
São eles no dia a dia
Dando exemplos de bondade
Moldando comportamentos
Encaminhando à verdade
Ensinando o bem viver
Fazendo o país crescer
Erguendo a humanidade.

20.
Vossa Excelência não sabe
A sobrecarga que tem
Uma professora-mãe
Guerreira como ninguém
Depois de longa jornada
Assiste à família amada
Disposta como convém.

21.
Quantos professores vivem
Sem dispor de um bom lazer
Pois são tantas as tarefas
Restando para fazer
Isto porque nossas leis
Não nos dão a voz e vez
Para o quadro reverter.

22
Quem é que nesse mundo
Progride sem professor?
Que mundo pode existir
Sem a profissão do amor?
Será que Vossa Excelência
Nunca sofreu influência
De um deles, Governador?

23.
Nós queremos mais respeito
Com a nossa profissão
Ela é quem muda os rumos
Dessa e de qualquer nação
Só alguém estabanado
Olha bem desconfiado
Pra SENHORA EDUCAÇÃO.

24
Ela rege o Universo
Faz conquistas envolventes
Muda qualquer panorama
Deixa as coisas diferentes...
Se não há educação
Não existe evolução
Seremos, sim, indigentes.

25.
Será que é muito difícil
Perceber nosso valor?
Educação é a base
Digo isso aonde eu for
Sem a nossa profissão
Não existia outra, não
Sequer de Governador.

- FIM -

18 de setembro de 2011


SANTUÁRIO INTERIOR (poema)






SANTUÁRIO INTERIOR


Cada um é em si um Santuário Interior imensurável
podendo manisfestar sua sanidade
ou a sobrenatural insanidade.

Em cada ser existe uma tensão
entre as dimensões reais do pensamento e da ação,
entre o pessoal e o social.

Somos os lugares mais sagrados
que guardamos o espaço-tempo verdadeiro
com meta humanizante
rumo ao ponto santificante.

Nossa ação é convergente ao cume universal
assim como nossa existência é de peregrino vivencial.

Em nossa condição inacessível da essência
não há ninguém capaz de julgar,
e no profundo silêncio da meditação
o núcleo do nosso ser mergulha no ínfimo universo.

5 de setembro de 2011

Maria Clara Lucchetti Bingemer

Bingemer é teóloga, professora
Entrevista em Versos


“Entrevista em Versos” é o mais novo instante poético do Lenitivo. Por aqui, encontrar-se-ão perguntas dos poetas de ontem com as respostas dos poetas de hoje numa busca cálida de unir os distantes que estão próximos e os próximos que estão distantes. Neste propósito, deseja-se alcançar, por meio de cada pensamento, de cada ensinamento, de cada pergunta em verso, os sonhos, os desejos e os ideais repletos de sensibilidade, de certeza, que possa nos fazer compreender que fomos e estamos neste mundo para viver e viver em coercitiva comunhão. Para inaugurar este instante, convidamos a professora da PUC-Rio e autora do livro “Simone Weil e a filosofia” (PUC-Rio/Loyola)”, Maria Clara Lucchetti Bingemer. Comecemos! Com a palavra, Mário Quintana:  _A vaca natural e simples como a primeira canção. A vaca, se cantasse, Que cantaria?
Maria Clara: Cantaria a beleza de sua existência e a ação de graças ao Criador que a fez.
Diante de tão fervoroso acreditar, eis que nos surge a subjetividade, e a acidez leve, porém profunda, de Cecília Meireles: _De que serviu tecer flores pelas areias do chão, se havia gente dormindo sobre o próprio coração?
Maria Clara: A poetisa Cecilia Meireles diz muito bem e belamente que não se deve dormir sobre o próprio coração. As flores tecidas pelo chão devem fazer um leito de beleza onde é preciso trabalhar, amar, e não dormir.
E por falar em trabalho, amor e não dormir, quem não dormiu na busca sempre viva de acreditar no construir de um despertar digno foi... Rosa Lee Parks : “As pessoas sempre dizem que eu não dei meu lugar porque estava cansada, mas não é verdade. Eu não estava cansada fisicamente, ou mais cansada do que habitualmente estava após um dia de trabalho. Eu não era velha... tinha 42 anos. Não, eu só estava cansada de sempre conceder”.
Maria Clara: O que Rosa Parks fez deveria ser feito por todo mundo para chamar a atenção sobre leis que são injustas.
Infelizmente, as pessoas de todo o mundo nada fazem, ou pouco fazem, ou pior, apenas vivem, como ressalta Affonso Romano de Sant'Anna:
_E assim cada qual mente industrial? mente, mente partidária? mente, mente incivil? mente, mente tropical? mente, mente incontinente? mente, mente hereditária? mente, mente, mente, mente.
Maria Clara: A mentira é algo muito presente nos dias de hoje. A corrupção que faz tantos estragos na vida nacional é fruto da mentira
Será? A vida nacional é isso. Não pode ser. Eu me recuso acreditar que a vida é isso. Ainda bem que existem muitas Rosas pelo mundo, como, por exemplo, aquela da Polônia: Rosa Luxemburgo.
_ Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade?
Maria Clara: É importante, como diz Rosa Luxemburgo, manter acesa a chama da esperança de que se vai conseguir construir um mundo melhor.

• No segundo “Entrevista em Versos”:  Renato Roseno.

Em breve Galeria 7-21 de arte no Crato

31 de agosto de 2011

O ESSENCIAL



                        


               
                "OS QUE IMAGINAM O ESSENCIAL NO INESSENCIAL,
VÊEM O INESSENCIAL NO ESSENCIAL,
ESTES HABITAM A ESFERA DO FALSO PENSAMENTO 
E JAMAIS ATINGIU A ESSÊNCIA."
(Dhammapada: a senda de virtude nº 11).

30 de agosto de 2011

26 de agosto de 2011

Gilvan Rocha: FAXINA? QUE FAXINA?

Gilvan Rocha: FAXINA? QUE FAXINA?: Em pouco tempo de governo, a presidente Dilma foi obrigada a afastar três ministros por corrupção. Além dos ministros, vários membros do alt...

20 de agosto de 2011

O último brasileiro


Pois já temos os sorrisos prontos, engarrafados,
Vendidos nos sinais apadrinhados pelo cale-se
Pois já temos na vista a "ditabranda"
A bandeira colorida que mais preto e branco vê-se


Neles, entre linhas, tantas mortes nas costas
Cortejos prontos; entregues na boca.
Preparados com o mais fino cuidado, mas por quê?
Se vitimas dos que fazem nunca hão de ser


Na pele a mais linda veste 
Que impõe medo se admirada como se deve
Que devem tantos pais as suas famílias
E nem se quer limpam, despreocupados, a mancha rubra do peito


Pois já temos na vida tanta rotina
Por que ei de me empubescer
Por conta de um neguinho que morre de bala perdida
Eu tenho mais com o que me preocupar:


Ficar sem fazer nada no domingo, abichado.
Vendo meu futebol com cerveja do lado
Por que nada melhor não há:
Morrer de viver sem nunca ter vivido



19 de agosto de 2011

UECE recebe solicitação de isenção

Universidade Estadual do Ceará – UECE recebe solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Vestibular destinado ao ingresso nos Cursos de Graduação no 1º período 2012.1
http://www.uece.br/cev/index.php/noticias/14-lista-de-noticias/249-edital-de-isencao-vestibular-20121

18 de agosto de 2011

Na Ilha Por Vezes Habitada


Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra em nós uma grande serenidade,
e dizem-se as palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres,
com a paz e o sorriso de quem se reconhece
e viajou à roda do mundo infatigável,
porque mordeu a alma até aos ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.

José Saramago

12 de agosto de 2011

Agenda de lutas

Fora Ricardo Teixeira!

A Frente Nacional dos Torcedores realiza no próximo sábado, 13 de agosto, uma passeata contra as consequências da mercantilização do futebol. Com o tema: O futebol brasileiro não pode ter dono. Fora Ricardo Teixeira!! A concentração será no MASP - Museu de Arte de São Paulo, às 14 horas, finalizando o ato na Praça Charles Miller.

http://www.frentedostorcedores.com.br

Luta sindical

A Intersindical CE realiza seu Encontro Estadual de Organização, no dia 20 de agosto, das 8:30 às 17 horas, no auditório do SINDFORT, na rua 24 de maio, nº 1188, Centro, Fortaleza.

Na pauta: conjuntura e concepção sindical, balanço pós-Conclat e organização e construção.

Informação: 9944 0406/ 8623 4568. E-mail: intersindical.nc.ce@gmail.com

17º Grito do/as Excluído/as

Plenária ordinária de preparação para o 17º Grito do/as Excluído/as em Fortaleza, amanhã, 13 de agosto, das 8h às 11:30, na rua Rodrigues Junior, 300, Centro, Fortaleza.

Com o lema: Pela vida grita a terra. Por direitos, todos nós! O 17º Grito do/as Excluído/as em Fortaleza, será no dia 7 de setembro, no Lagamar denunciando as remoções forçadas por causa da copa 2014.