Menino vadio
Sem pai e sem mãe
Pelos campos e cidades
Ruas e praças
Sem ter o que fazer
Busca sem saber como
O direito de viver.
Menino na lama
De cara com o crime
De corpo franzino
E coração rebelde
Percorre as ruas
Não vendo o momento
De praticar as suas.
Menino na corda
No meio do fogo
No mundo do crime
No inferno maldito
Na marginalização
Sem perspectiva
De uma educação.
Menino que chora
Sofre e se cala
Mas com nada se abala...
Menino traquino
Que perdeu os sonhos
Diante de uma bala
E não houve mais sinos...
Menino chateado...
Perdido e ferido
De alma sofrida
De coração magoado
Triste e sentido
Com rosto carrancudo
E estômago vazio.
Menino futuro...
Exposto nas ruas
Tal uma arte condenada.
Nas viaturas.
Menino construído...
Presente e futuro
Destruído...
Uma pergunta: Por que não despertar o poeta que existe em você? Se bem ao contrário do que muita gente pensa, poeta é estado e não condição.
ResponderExcluirA poesia está cá dentro no peito, resistindo, existindo, extinguido sair ao luar.
ResponderExcluirGente : sou o Touché, do blog Poetas de Guarulhos..vcs estiveram no meu blog e deixaram palavras de incentivo e força..tento fazer o mesmo..viva a utopia..gostei da ideologia do blog,das poesias libertárias..tamo junto..abraços gerais..força,aí !! --touché
ResponderExcluirhttp://poetasdeguarulhoseoutrosversos.zip.net
Avante! Tuoché! Memorável lembrança...
ResponderExcluirPoxa, Joatan. Muito bom seu poema, se fosse do Rasek diria "legal", pq ele odeia essa palavra.rsrs! Excelente analogia vc fez desse menino com a arte. Sou sua fã!
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