18 de janeiro de 2010

Inércia


Perambulamos neste planeta esquecido por deuses embriagados.

Os farelos do tempo escorrendo entre os dedos,a alma humana escondendo buracos.

Mundo abstrato de homens de bruto trato.

Inanimados,armados.

Soldados de terracota,contribuindo com sua cota para um mundo mais esquálido.

Não sentem o que é viver.

Sentimentos inócuos,insônia ,solidão.

Medo de tentar.

Medo da vida,medo da morte.Medo de qualquer mudança na sorte.

Medo de gente,medo do que é diferente.

Torpor.

Éter na mente.

Eternamente.

3 comentários:

  1. Anita,

    Antes de fazer comentário a respeito desse seu ácido mas sincero poema, quero externar todo o meu respeito pela sua forma verdadeira e compacta de escrever. Assinalo também que você junto com a colega Luênia Aderaldo este "mundo esquálido", um pouco mais respirável.

    Sinta-se em casa.

    ternura sempre...

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  2. Verdades ditas com maestria...
    Bjos meus e tenha um suave dia!

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  3. é interessante , muitas pessoas tem medo da vida , lendo isso abre espaço na mente para pensar o que está acontecendo hoje em dia , é isso que achamos ;)

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Ternura Sempre...