“É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.”
Você já teve a sensação
de que tem alguém te seguindo?
É como eu estou me sentindo hoje.
Por mais que eu tente escapar,
Fugir, esconder-me,
Sempre me encontram.
Não dizem nada,
Apenas ficam do meu lado,
Quietos, inertes,
(como os judeus no holocausto.)
Nenhuma palavra...
Não fazem um gesto,
Se ao menos sorrissem,
(nem que fosse por desprezo.)
OH! Infindo dilema,
cujo caos desconhece,
a verdade não explica...
Por que não vai procurar
Outros sonhos,
Ou mesmo qualquer viajante?
Os viajantes sim,
eles precisam de companhia,
desse viver ensurdecedor.
Que comove,
Agrada e
Desaparece.
E tudo que eu quero
É um mundo justo,
Alguém com quem dividir os sonhos,
Mas, na impossibilidade
de me concretizar como novo
me contentaria com um encontro.
Um bom papo,
sorvete de ameixa,
sentar na calçada...
Mas, eles são irredutíveis,
não se comovem,
nem sabem o que é compaixão.
E eu nem ao menos os conheço.
Não sei nem se são reais,
Virtuais ou imaginários.
Será que existem só no desejo
quixotesco de acreditar,
querer e logo depois desistir?
Sinto
e sinto mesmo,
mas eu não tenho nada de novo...
Lamento, não era para eu existir.
Mas não sou um suicida,
Não tenho tanta coragem assim.
Chego!
mas como já disse,
o meu desejo era ser realmente feliz.
Fico
com vontade
e sabor de novo.
Sabor do qual não provei
e imerso numa vontade
que nunca sentirei.
Não se pode sentir vontade
de algo inventado.
Ou pode?
Penso que não é necessário
pedir desculpas.
Ou é?
Na dúvida,
não me levem tão a sério,
( Acreditam em mim?)
Mas se for o caso
desculpem-me.
Razek Seravhat
Parabéns! O texto é sincero, profundo, um tanto trágico. Admiro a sinceridade dos verdadeiros.
ResponderExcluirPosso não ter dito coisas agradáveis, mas creio ter dito o que achei e isso vale mais que qualquer agrado falso. Conconrda?
Abraço: Jefhcardoso 2010.
Camarada,
ResponderExcluirObrigado por prestigiar o Lenitivo. Saiba que aqui você pode dizer o que pensa... Essa é a intenção. Somos um movimento que queremos mudança, mudança essa que só virá se aprendermos a respeitar as diferenças.
Ternura Sempre!
Razek,compreendo q o novo é uma atitude dialética que em sua antítese supera o dilema entre existir e viver. Tudo q existe nem sempre vive. Viver é um ato criativo, dinâmico e transcendente.Uma pedra existe mas não vive. Um cão existe mas não sabe de si. O ser humano é um animal que SE FAZ social,político,religioso... Tentar fugir disso é querer se esconder do sol numa caverna platônica. Abraço! Admiro pelo q vc é.
ResponderExcluirRasek
ResponderExcluirsou suspeito para falar de você, já que sou seu eterno admirador.
E não podemos elogiar demais as pessoas, poque é muito perigoso para quem o recebe. Poderá acomodar as pessoas. Agora, um "feed - back" (retorno), sim!
Em um livro de Jean Baudrillard,aquele filósofo que inspirou o filme MATRIX (O mundo virtual), numa série de três filmes, lembra-se?, chamado "À Sombra da Maioria Silenciosa - O Fim do Social", ed. Brasiliense, ele nos diz que devido a perda de sentido do mundo, o ser humano não reflete mais, só inflete, fica calado sem mais reagir, aceitando tudo de cabeça baixa, cujos movimentos sociais serão apenas espasmódicos.
Para frente, meu irmão, já transcendemos Baudrillard.
Um abraço fraterno
Odécio, o caminhante noturno.
Olá...
ResponderExcluirVenho te encontrar em um lenitivo para minhas dores.
Passei por sua terra ontem. Foram mais de 6000 km nordeste acima. Quanta beleza e quanta tristeza eu vi.
Volte sempre ao meu blog. É sempre bom ter alguém por perto!
bom 2010. Que as esperanças sigam renovadas.
um abraço[
Taís Morais
Eu achei o texto muito interessante.
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