“Um pobre e esplêndido poeta, o mais atroz dos desesperados, escreveu esta profecia:
‘Ao amanhecer armados de uma ardente paciência, entraremos nas esplêndidas cidades’. Eu creio nesta profecia de Rimbaud...
Sempre tive confiança no homem. Não perdi jamais a esperança. Por isso talvez cheguei até aqui com minha esperança. Por isso talvez cheguei até aqui com minha poesia, e também com minha bandeira. Em conclusão, devo dizer aos homens de boa vontade, aos trabalhadores, aos poetas, que todo o porvir foi expresso nessa frase de Rimbaud: só com uma ardente esperança conquistaremos a esplêndida cidade que dará luz, justiça e dignidade a todos os homens. Assim minha poesia não terá cantando em vão.” NERUDA, Pablo. Trad. Thiago de Melo. Presente de um poeta.São Paulo: Vergara & Ribas Editoras,2001.
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Ternura Sempre...