15 de fevereiro de 2013

Professor veja se sua escola recebeu o PMDE




No mês de janeiro, 71 escolas municipais de Fortaleza foram beneficiadas com o restante do repasse da primeira parcela do Programa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (PMDE). Foram liberados pelo Secretário de Educação, Ivo Gomes, R$ 1.292.421,00 (Um milhão, duzentos e noventa e dois mil, quatrocentos e vinte e um reais) para as Unidades Executoras/Conselhos Escolares, que são responsáveis pela execução dos recursos da patrimonial, das unidades anexas e creches vinculadas, conforme a quantidade de alunos matriculados.


Lista De Escolas Beneficiadas do PMDE – 1ª Etapa
Emeif Francisco Silva Cavalcante
Emeif Dom Aloisio Lorscheider
Emeif José Carlos de Pinho
Emeif Professora Antonieta Cals
Emeif Professor Alvaro Costa
CMES Casimiro José de Lima Filho
Emeif Professor Luis Costa
CMES Professor José Rebouças Macambira
Emeif Francisco Edilson Pinheiro
Emeif José de Alencar
Emeif Professor José Parsifal Barroso
Emeif Luis Angelo Pereira
Emeif Deputado José Dias Macedo
Emeif  Nossa Senhora  Perpetuo Socorro
Emeif Alba Frota
Emeif Jader de Figueiredo Correia
Emeif Lorhan Marques Medeiros
Emeif Aldeides Regis
Emeif Professor Godofredo de Castro Filho
Emeif Filgueiras Lima
Emeif Antônio Sales
Emeif José Carlos da Costa Ribeiro
CMES Professor Clodoaldo Pinto
CMES Projeto Nascente
CMES José Sobreira de Amorim
Emeif Antonio Diogo de Siqueira
Emeif Dom José Tupinamba da Frota
Emeif Professora Maria Liduina Correa Leite
Emeif Vicente Fialho
Emeif Raimundo Soares de Sousa
Emeif Adroaldo Teixeira Castelo
Emeif Joaquim Nogueira
Emeif Irmã Dulce
Emeif José Bonifácio de Sousa
CEI César Cals
Emeif Francisco Nunes Cavalcante

A informação é da própria sme.

8 de fevereiro de 2013

Da visão sob Stella Adler, segundo seu livro “Técnica da Representação Teatral”, como fonte de pesquisa teatral, segundo investigação cênica de Lúcio Leonn

Imagem\fonte\visite: http://www.stellaadler.com/about/history/


Para Stella Adler (1901-1992) o objetivo do seu livro é contribuir para dar ao intérprete procedimentos técnicos e levá-lo a imersão com alma e ofício que ela considera: “ser uma totalidade de coração, mente e espírito – uma arte que libera ideias e, agindo dessa forma, transforma o ator num instrumento de propósito artístico”. A propósito, um bom intérprete pode seguir lutando por esse ideal. Afirma-nos.

Tornar evidente quanto às opiniões do dramaturgo e eficaz ao expressá-las é obrigação de todo o intérprete da cena. Ele não deve ocupar-se de opiniões do autor fortuitamente. Necessita progredi-las de maneira que sejam do Homem. As ideias conservam as boas-fés pelas quais as pessoas tendem a existir. Essas boas-fés são comunicadas pelo intérprete cênico. Por esta razão, ele se transforma num partícipe essencial da sociedade que colaborou para o mundo contemporâneo.

Por um lado, Stella Adler não faz somente uma autocrítica quanto às atitudes de muitos atores americanos na distorção e no uso do sistema de Stanislavski, propriamente o “Método”. Tanto que defende no seu livro com o seguinte ponto de vista: “O objetivo da técnica que ora enfatizamos é afastar o ator daquelas técnicas antiquadas ou que foram usadas com abuso em nome de Stanislavski” (Capítulo 12 – A contribuição do ator – ADLER, 2008, p.173). E nesse meio tempo, após ter atuado e dirigido no teatro americano, teve a oportunidade de estudar pessoalmente com ele em Paris, ano de 1934.

Nos momentos que atuava, Adler começou a lecionar e dirigir, na intenção de distorcer o que criaram acerca do sistema do Mestre. Seu ensino era e é baseado não apenas nas ideias do mestre russo, mas igualmente num método natural que está acessível a todos.

Por outro, críticas de como os atores americanos menosprezam muito o valor de sua consciência coletiva; a vaga opinião do que seja tradição. Além da alienação dos Estados Unidos com o entorno do mundo ocidental, sem interligação intertranscultural; o abandono de toda tradição e de todo o sentido histórico; e, no trabalho teatral um mal se abateu aos atores quando lhes persuadiram que teriam que se ensaiar na cena ao invés de experimentar as circunstâncias dadas.

Outro instante de atuação, apontado por Stella aos atores americanos, é que eles têm terror de grandiosidade. “Quando às ideias do autor são universais e épicas, o ator se retira. Tem medo de exagerar. Traz as ideias do autor para seu nível mais simples, que ele chama de ser real no palco”. Nos sinaliza Adler (p.156).
Levando tudo isso em consideração, numa das páginas do volume para concluirmos; Stella indica que o jogo da sobrevivência no meio de tudo isso está em você valorizar o que você guarda de conhecimento adquirido e, somente assim poderá assumir um grau de envolvimento com seu ego. (Releituras de compilações minhas seguindo os trechos de seu livro, p.18-19; p.39; p.58; p.174-175.).

Por fim, sem darmos igualmente muita vazão ao movimento de multiculturalismo norte-americano ou o etnocentrismo ou preconceito contra estrangeiros, em contraponto, se levarmos em conta a diversidade cultural ou campo de atuação (escolas de teatro\ensino-aprendizagem\atores e atrizes) no Brasil; além de tentarmos reescrever aqui que: “[...] ‘os equívocos referentes à Stanislavski tenham sido bem menores, possivelmente devido à presença de Eugênio Kusnet entre nós. [...] Kusnet, entretanto, não chegaria a atingir as proporções que o Método de Strasberg teve nos Estados Unidos. [...]’” (Rizzo p. 57). Vide suptópico “Breve visão de Jogo(s)\(teatrais), segundo Stanislavski\Brecht, Capítulo 1,  (In LUCENA, 2012, p.19).

Logo, estamos em vista de interface ou obra já publicada, “Ator e Estranhamento: Brecht e Stanislavski, segundo Kusnet” (Rizzo 2001 p. 54-57) que nos revela como o Actor’s Studio conseguiu (no mundo ocidental) grande aceitação a partir do sistema de Stanislavski; dentre outros procedimentos pessoais de professores, difundi-lo erroneamente, através dos Estados Unidos.

Então, tal terceiro mestre (Eugênio Kusnet, "Ator e Método", 1975) ou, o que ora ressaltamos sobre a obra de Stella Adler (atuação\direção)\pedagógico), é o que torna a seleção relevante dentro dum contexto atual de ensino ou na busca de uma abordagem. “E não uma técnica, de imediato”. Ressaltamos.

O Livro Eugenio Kusnet - Ator e Método – lido por Wagner Moura [à venda] por R$ 300,00¹

















Sem dúvida a escolha do livro de uma atriz, antes de tudo professora nascida em Nova Iorque e filha de atores “tradicionais” da América; se deu justamente por esse olhar desbravador de artista\educadora tendo à frente todo o ensino e pensamentos absortos de Constantin Stanislavski. No entanto, da prática metodológica de Stella Adler na tentativa de continuar exercendo um Teatro sob a dimensão da verdadeira arte de atuar e, na especificidade de cada influente professor (a); seu aluno-ator\atriz – ambos num curto tempo e espaço breve da vida; se o personagem for “bem interpretado” permanecerá maior que a Vida (memorial pessoal – vida teatral\profissionalmente): Alteridade.

Observamos (Adler, 2008) seu relevante ponto de vista.


O ator de hoje precisa ser ajudado. Aqui, a influência do professor é muita específica. Ele orienta o ator quando este começa a trabalhar com ideias. O esclarecimento do texto, o entendimento do personagem, do estilo, da linguagem, do ritmo da peça – estimulam o ator a experimentar a vida e o estilo do dramaturgo. [...] A arte de ensinar deve ter um alicerce forte. Meu ensino era e é baseado não apenas nas ideias de Stanislavski mas também num sistema natural que está ao alcance de todos. Atuar é um trabalho obstinado, necessitando de atenção constante e de planejamento rigoroso. Não é algo para gênios. É para pessoas que trabalham passo a passo. (In Introdução. Tópicos: o ator e a profissão p.16; o impulso de representar     p.19).


Por um aspecto metodológico, “tornou-se essencial sua fundamentação teórica. Adquiriu neste trabalho (TRAJETÓRIA, PROJETOS E TEATRO: APONTAMENTOS MEMORIAIS DA FORMAÇÃO ARTÍSTICA E ACADÊMICA DE UM PROFESSOR/ATOR²) um caráter técnico exemplificador (conjuntamente, investigativo), porque teve tudo a ver com a pesquisa e tema (pedagogia do teatro\direção teatral), em destaque”. Enxerto meu.

No mais, poderíamos ir direto ao ponto: três livros básicos publicados pelo mestre, “A Preparação do Ator\A Construção da Personagem\A Criação de um Papel” que, estudados com afinco por todo estudante de curso de arte-dramática (o que se espera pelo menos uma leitura de cada) poderíamos aprofundar seu teor referencial via fundamentação teórica. Mas, o que está em voga é a experimentação sistemática de olhar prático em grupo, liderado por aqueles professores (as) que sobreviveram aos “erros e acertos” junto ao sistema stanislavskiano século passado.  E, Stella Adler se ressalva como uma dessas pessoas de passagem\espaço de seu tempo ao nosso.

Fontes consultadas
ADLER, Stella. Técnicas da Representação Teatral. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

KUSNET, Eugênio. Ator e Método. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro - Ministério da Educação e Cultura, 1975.

LUCENA, Lúcio J. A. (Lúcio Leonn) - Trajetória, Projetos e Teatro: Apontamentos Memoriais da Formação Artística e Acadêmica de Um Professor/Ator. 2012. 62f. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Teatro) – Universidade de Brasília (UnB). Instituto de Artes(IdA), Brasilia\Fortaleza, 2012.

RIZZO, Eraldo Pêra. Ator e estranhamento: Brecht e Stanislavski, segundo Kusnet. São Paulo: editora SENAC, 2001.

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¹http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-241496429-livro-eugenio-kusnet-ator-e-metodo-lido-por-wagner-moura-_JM


²Subcapítulo Construções de Cenas aos Levantamentos de Proposições Teatrais, a partir da análise sistemática e/ou comparativa - Stella Adler ao jogo teatral condicionado - ação (tempo e espaço): uma proposta de dimensão estética e pedagógica.

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Fonte: http://notasdator.blogspot.com.br/2013/02/da-visao-sob-stella-adler-segundo-seu.html