29 de julho de 2011


TODO POETA TEM POEMAS INACABADOS...
EU QUERO VIVER PARA COMPLETAR MINHA LIDA.
QUERO ALIMENTAR MEU VÍCIO ENLUARADO,
COM PALAVRAS DOCES,QUENTES,DERRETIDAS.
NO ESPASMO DAS HORAS CÁLIDAS,AS LEMBRANÇAS DOS AMORES
DA MINHA VIDA
QUE PISCAM NO INTERIOR DE MINHA ALMA,COMO ESTRELAS
GIGANTES REDUZIDAS.
QUERO VIVER INTENSAMENTE COMO UM ABRAÇO QUE SE DÁ EM DESPEDIDA
HÁ DE TER SENTIDO TUDO O QUE FAÇO
PARA ACRESCENTAR BELEZA À VIDA.
DANÇAR NOITES INTEIRAS SEM ME PREOCUPAR COM A SAÍDA
DORMIR DO LADO DA LUA,CUMPRIMENTAR O ESPÍRITO DA RUA,CICATRIZAR
CADA FERIDA.
A ALMA DO MUNDO QUERO ENCONTRAR,COMPREENDER A MENTE DO ARTISTA.
PROVAR DO FOGO,BRINCAR NO MAR,RESPIRAR O LILÁS DA AMETISTA.
ME ENCONTRAR NO SOM DO MUNDO,
DESPERTAR DO SONO PROFUNDO QUE ME DEIXA QUASE SEM VIDA.
NÃO SER POEMA INACABADO,
ETERNIZAR MEUS VERSOS EM FADOS,
NÃO MORRER ANTES DA VIDA!

25 de julho de 2011

Tristeza do Infinito

Anda em mim, soturnamente,
uma tristeza ociosa,
sem objetivo, latente,
vaga, indecisa, medrosa.

Como ave torva e sem rumo,
ondula, vagueia, oscila
e sobe em nuvens de fumo
e na minh'alma se asila.

Uma tristeza que eu, mudo,
fico nela meditando
e meditando, por tudo
e em toda a parte sonhando.

Tristeza de não sei donde,
de não sei quando nem como...
flor mortal, que dentro esconde
sementes de um mago pomo.

Dessas tristezas incertas,
esparsas, indefinidas...
como almas vagas, desertas
no rumo eterno das vidas.

Tristeza sem causa forte,
diversa de outras tristezas,
nem da vida nem da morte
gerada nas correntezas...

Tristeza de outros espaços,
de outros céus, de outras esferas,
de outros límpidos abraços,
de outras castas primaveras.

Dessas tristezas que vagam
com volúpias tão sombrias
que as nossas almas alagam
de estranhas melancolias.

Dessas tristezas sem fundo,
sem origens prolongadas,
sem saudades deste mundo,
sem noites, sem alvoradas.

Que principiam no sonho
e acabam na Realidade,
através do mar tristonho
desta absurda Imensidade.

Certa tristeza indizível,
abstrata, como se fosse
a grande alma do Sensível
magoada, mística, doce.

Ah! tristeza imponderável,
abismo, mistério, aflito,
torturante, formidável...
ah! tristeza do Infinito!

(Cruz e Sousa)

18 de julho de 2011

Tijolo de Isopor

Depois de uma conversa calorosa com o cientista político Wadson Santos e relendo o Poeta dos seres inanimados, fiz estes versos que de nada servem...


Um abraço e ternura sempre.



O poema será saboreado pela traça

Que não corrói a alma dos homens,

Perdidos no templário da ganância.

O poema ficará restrito no subsolo

da consciência morta.

O poema nunca terá o brilho do gume

Da faca nem o arauto das trombetas

Do bolero de Ravel.

O poema é dor.

Condor que vai, esvai...

O poema resistência,

Dos meninos do monturo,

Das mulheres espancadas,

Não tem valor, não serve à academia,

Não contempla os sinos de Simeão,

Nem pipila críticos de porcelana.

O poema impróprio.

É triste porque o mundo é triste.


(Razek Seravhat)

7 de julho de 2011

Título: Ainda não tem...

"Oh, não!
Alma injusta
Que só queres
Aquilo que sacia tua fome imediata
E não deixa
Que minha
Mente
Tome posse do meu ser
Do meu prazer
E nem mesmo
Esse frágil coração
Que pouco palpita
Por que alma?
Por que desligastes
Do meu corpo?
Por que queres ser independente?
Por que consegue controlar minha razão?
Esqueces todo
Sofrimento antigo
Finja que nunca
Sofreu de solidão
Ou incompreensão
Oh, alma injusta
Não me leves para este poço
Pelo contrário
Me ensinas
A não ser mais
Uma tola
E entender
Que os humanos
Magoam o teu coração!"

" Se ao menos ao longe
Meu corpo abrigo
Alguém gritasse meu nome
E dissesse tuas palavras, então
Voltarias ao teu corpo
E nessa luta
Juntas
Novamente, talvez em vão.
Porém, ninguém mais
Sofre, com minha
Injustiça de deixastes..
Para que eu voltarias
Em vão?"

"Oh,alma
Nunca mais a isso repitas
Minha dor a ti não é bastante
Pois saiba minha querida
Que tua ausência
É angustiante
Por isso
Una teu
Coração-Alma
ao meu
Coração-Corpo
e nessa Terra de muita gente
alguns revoltantes tu terás!"

" Palavras bonitas
Porém,ingênuas
Quando a ti regressar
Muito não irá mudar
Seremos só eu e ti
num só
e solidão voltará reinar."

" Posso sim boba ser
Mas,tu também se enganas
Há gente como nós
Que com o governo também reclama
Seus direitos de gente
De cidadão
Que com o mesmo não contenta-se
Que com outros preocupa-se
Que odeia a violência
E acredita no poder das palavras
Que trabalha pra viver
E pra sustentar família
Que é o herói ou heroína diário
Que AMA
Que acha a droga uma droga
Que não ri da desgraça dos outros
Que é passivo
Que ama e preserva a natureza
E sem esquecer da mais atual luta:
Que ter dever com a educação
e com sua alma que desde que
viu o mundo,prometeu
mudança, então...
Por isso minha cara,
Grosseira, não queria ser..
Mas volte logo a esse corpo
Por que ainda tenho muita coisa a fazer..."

Às vezes minha alma e meu corpo querem gritar..o mais alto que poderem, e choram e choram e choram..mas é bom, por que veem o quanto ainda falta,para nosso sonho pelo menos por 1/4 ser realizado!!