28 de março de 2011

FORA

FORA


FORA DO CONHECIMENTO NÃO HÁ LIBERTAÇÃO

FORA DA CARNE NÃO SE COMPREENDE O ESPÍRITO

FORA DA DIVINDADE NÃO  EXISTE  HUMANIDADE

FORA DA SEXUALIDADE NÃO SE COMPLETA A ESPIRITUALIDADE

FORA DA REALIDADE NÃO TEM SENTIDO A TEOLOGIA

FORA DO AMOR NADA TEM SENTIDO

FORA DA DOR NÃO SE SABE QUE VIVE

FORA DO SENTIR E DO PENSAR NÃO EXISTE O SER

FORA DA RAZÃO NÃO SE COMPREENDE A FÉ

FORA DA MORTE NÃO SE CONCEBE UMA NOVA VIDA.

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26 de março de 2011

Cordel que deixou Bial injuriado (Reflitam)

BIG BROTHER BRASIL

Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa
Bárbara-BA,residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 20 de fevereiro de 2011.

22 de março de 2011

Defendo a causa racial

Hoje pela manhã eu usava uma camiseta com um macaco estampado, uma das camisetas que mais gosto. Meu sobrinho de 8 anos chegou e disse: “Esta camiseta parece com o fulaninho.” Perguntei o motivo da comparação, então ele me disse que era porque o fulaninho era muito preto. Eu disse a ele que então eu e ele também parecemos macacos, pois somos negros, ele riu e disse: “Sim tia, mas tu é mais preta, parece mais.” Fiz toda aquela conversa pedagógica para ensinar a ele conceitos diferentes dos que a sociedade ensina, porque mais uma vez percebi o quanto temos a aprender e ensinar neste país.

Passei mais de ano fora do Brasil vivendo num país dominado por todos os tipos de preconceito, em contato constante com pessoas de diversas nacionalidades. Várias vezes ouvi que devo ser feliz porque no meu país há uma verdadeira democracia, porque aqui todos são iguais, independente de cor de pele, de gênero, de religião, de opção política, enfim.

Algumas vezes, quando comparava a nossa situação a de outros povos, me alegrava muito por ter nascido brasileira, noutras vezes, sentia-me envergonhada por ter que decepcionar as pessoas e dizer que a realidade não é assim, ou por ver que alguns países estão muito mais avançados do que nós.

Em agosto de 2009 quando defendi minha dissertação, apresentei a Lei 10639/03 que torna obrigatório o ensino de conteúdos ligados à África e aos afro-descendentes no país. O trabalho recebeu louvores de alguns, mas ouvi na minha banca que o meu trabalho era engajamento do Movimento Negro, um panfleto. Ali ficou evidente uma faceta do preconceito na acadêmia – lugar de produção do saber. Aquilo me fez pensar e repensar minha trajetória, seria panfletário meu trabalho, seria hora de mudar o rumo do que estou estudando? Mas eu não posso negar a minha história e minha luta, e independente do que pensam ou pensarão: eu defendo a causa racial sim, e mais do que defendê-la, torno-a meu objeto de estudo e motivo de luta.

Defendo a causa racial, porque ouvi uma pessoa dizer que compraria henê para usar nos filhos que ainda não planejei ter.

Defendo a causa racial, porque vi muitas pessoas torcendo o nariz para o meu cabelo trançado quando retornei ao Brasil, diziam-me que voltei bem africana, quando eu estava na Ásia.

Defendo a causa racial, porque ouvi minha tia dizer que o meu atual cabelo, crespo e estiloso, está horrível e que eu deveria usar o meu chanel lisinho novamente, pois ele é mais social e combina mais comigo que estudei bastante.

Defendo a causa racial, porque em situações de trabalho já fui preterida por pessoas de pele mais clara que a minha, quando os seus currículos não poderiam ser igualados ao meu.

Defendo a causa racial, porque já ouvi gente dizer que cotista não precisa saber o conteúdo de uma prova. E por me terem dito que eu sou um gênio, pois nem usei as cotas para chegar à universidade - como se os negros precisassem das cotas por serem menos capazes.

Defendo a causa racial, porque vejo brancos e negros julgando e valorizando as pessoas pelo tom de suas peles, pois ainda acreditam que é necessário clarear o mundo.

Defendo a causa racial, porque sou uma educadora que sonha com um mundo melhor, onde todas as pessoas tenham o direito a uma vida digna, independente das marcas que carregam em si.

Defendo e defenderei a causa racial, porque ela reflete a minha história, a história da minha família e a história daqueles que morreram lutando por igualdade entre as pessoas.

21 de março - Dia Internacional contra a Discriminação Racial

Por Rosilene Costa

17 de março de 2011

A VIDA



A VIDA

A vida é uma oportunidade, aproveite-a...
A vida é beleza, admire-a...
A vida é felicidade, deguste-a...
A vida é um sonho, torne-o realidade...
A vida é um desafio, enfrente-o...
A vida é um dever, cumpra-o...
A vida é um jogo, jogue-o...
A vida é preciosa, cuide dela...
A vida é uma riqueza, conserve-a...
A vida é amor, goze-o...
A vida é um mistério, descubra-o...
A vida é promessa, cumpra-a...
A vida é tristeza, supere-a...
A vida é um hino, cante-o...
A vida é uma luta, aceite-a...
A vida é aventura, arrisque-a...
A vida é alegria, mereça-a...
A vida é vida, defenda-a...

(Madre Tereza de Calcutá)

15 de março de 2011

PAIXÃO

Tu és a minha rocha
Que sai de dentro de mim
Eu agora venho a ti
No vale das sombras
E tu nada podes mudar
Oh! Dá-me teu amor
Dobrai a dureza,
Esquecei o frio
Beija-me com tua boca
E viverás em mim

Juan Di Brechó

MULHER

Tento enxergar teu mundo
Com meus olhos
E te entender por mim
Tu que és o meu viver
Dá-me teu prazer
Mostra-me tua alma,
Teus segredos
Revela-me teus desejos
E faz em mim teu mundo
Desperta, ó minh’alma
Assim posso sorrir.

Juan Di Brechó

Madre Railda

No olhar doce e terno
És preciosa e graciosa
Ó minha mãe
Que pelo amor foi escolhida
Pra gerar e formar
Tua família
Eis aqui o teu filho
Mãe amorosa
Tu que és um sol fecundo
De amor e de paz
Brilhando sobre o mundo.

Juan Di Brechó

14 de março de 2011

ESTATUTOESIA

ESTATUTOESIA

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EM HOMENAGEM AO DIA DA POESIA: 14 DE MARÇO.
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I

O Estatutoesia
dispõe sobre as atitudes das pessoas
e de outras providências.
O conjunto das pessoas seguem livremente
cada um em seu caminho
com as respectivas responsabilidades
sendo o ato de viver dignamente
a lei por excelência.

II

Das disposições preliminares.
Esta lei, com base na essência da liberdade,
e com fundamento na prática da dignidade,
estabelece a participação democrática de todos.
Fica vetado qualquer forma de dominação.

III

Os princípios de tratamento
são assegurados pelo
respeito e pela fraternidade.
Parágrafo único:
O não cumprimento dos principios
implicará em trabalhos educativos
e cumunitários e serviços
de proteção a natureza.

IV

Define-se como pessoa
qualquer ser humano,
independente de qualquer
documento de identidade,
e todos devem ser respeitados mutuamente.

V

Para efeito desta lei
considera-se o
conjunto das pessoas
como corresponsáveis uns
pelos outros.

VI

Compete a cada um
cumprir a sua missão
promovendo a união e a paz.

VII

Toda pessoa começa
a paticipar da vida
desde a fecundação
e tem todos os direitos
de viver com dignidade.

VIII

Diante das dificuldades,
calamidades ou quaisquer
prejuízos que afetem o
coletivo das pessoas,
todos devem compartilhar
e ser solidarios uns com os outros.

IX

Ninguém deve estar em
condições materiais melhor
do que o outro,
para tanto, que a igualdade
e a equidade seja a
medida justa da lei.

X

Jamais deve haver
qualquer forma de escravidão.
Esta lei já está
em vigor, só falta
ser cumprida.

8 de março de 2011

As mulheres sabem o que dizem (ou Poema virtual)



Quando viajo pelo esverdear da nossa Terrinha,
Tenho tempo para pensar e sentir sob a vida:
Sinto saudade da pessoa que um dia fui.
Não quero me afastar dela nunca.
Luto para segurá--la aqui, dentro de mim.
Lembro daquele tempo em que o sonho
era apenas um sonho raro e distante.
Não tenho orgulho do que sou
acho esse sentimento muito pequeno
para ser humano.
O que sinto é um revoar de felicidades,
que dura pouco, é verdade, pois,
logo, me aparece o atual tempo comum
numa tábua furada.
E... sou trazido para o mundo real.
Como diz Saramago:
("Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo")
Toda vez que posso fujo para a Terrinha.
Aqui encontro amigos, encontro lembranças.
Encontro-me.
Está chovendo, chovendo muito.
É muito lindo o verde e a chuva no verde.

(Razek e Jean Mac colle )