29 de maio de 2010

"Capital-logia"/ Por Arnaldo Fernandes

Caros amigos, As nossas florestas estão em perigo! Deputados ruralistas querem destruir o Código Florestal Brasileiro, liberando o desmatamento de áreas protegidas por lei, especialmente na Amazônia. Assine a petição para salvar o Código Florestal:



Próxima terça-feira dia 1 de junho nossas florestas irão sofrer um ataque perigoso – deputados da “bancada ruralista” estão tentando destruir o nosso Código Florestal, buscando reduzir dramaticamente as áreas protegidas, incentivando o desmatamento e crimes ambientais.
O que é mais revoltante, é que os responsáveis por revisar essa importante lei são justamente os ruralistas representantes do grande agronegócio. É como deixar a raposa cuidando do galinheiro!
Há um verdadeiro risco da Câmara aprovar a proposta ruralista – mas existem também alguns deputados que defendem o Código e outros estão indecisos. Nos próximos dias, uma mobilização massiva contra tentativas de alterar o Código, pode ganhar o apoio dos indecisos. Vamos mostrar que nós brasileiros estamos comprometidos com a proteção ambiental – clique abaixo para assinar a petição em defesa do Código Florestal:
http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl
Enquanto o mundo todo defende a proteção do meio ambiente, um grupo de deputados está fazendo exatamente o contrário: entregando de mão beijada as nossas florestas para os maiores responsáveis pelo desmatamento do Cerrado e da Amazônia. Eles querem simplesmente garantir a expansão dos latifúndios, quando na verdade uma revisão do Código deveria fortalecer as proteções ao meio ambiente e apoiar pequenos produtores.
As propostas absurdas incluem: Reduzir a Reserva Legal na Amazônia de 80% para 50%Reduzir as Áreas de Preservação Permanente como margens de rios e lagoas, encostas e topos de morro:Anistia aos crimes ambientais, sem exigir o reflorestamento da áreaTransferir a legislação ambiental para o nível estatal, removendo o controle federalEssa não é uma escolha entre ambientalismo e desenvolvimento econômico, um estudo recente mostra que o Brasil ainda tem 100 milhões de hectares de terra disponíveis para a agricultura, sem ter que desmatar um único hectare da Amazônia.
A proteção das floretas e comunidades rurais dependem do Código Florestal, assim como a prevenção das mudanças climáticas e a luta contra a desigualdade do campo. Assine a petição para salvar o Código Florestal e depois divulgue!
http://www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal/?vl
Juntos nós aprovamos a Ficha Limpa na Câmara e no Senado. Se agirmos juntos novamente pelas nossas florestas nós podemos fazer do Brasil um modelo internacional de desenvolvimento aliado à preservação.

Com esperança,
"Enquanto isso a gente se veste de verde amarelo...."
Nina

23 de maio de 2010

El amor que calla (Gabriela Mistral)


Si yo te odiara, mi odio te daría
en las palabras, rotundo y seguro;
¡pero te amo y mi amor no se confía
a este hablar de los hombres, tan oscuro!

Tú lo quisieras vuelto un alarido,
y viene de tan hondo que ha deshecho
su quemante raudal, desfallecido,
antes de la garganta, antes del pecho.

Estoy lo mismo que estanque colmado
y te parezco un surtidor inerte.
¡Todo por mi callar atribulado
que es más atroz que el entrar en la muerte!

REFLEXO

O meu mundo é algo entre a maldade e a benevolência.
Entre pessoas confusas que não encontraram seu lugar.
Eu prendo desejos para morrer de saudades...
Sou a mesma, mas me vejo mudada.E não tenho nunca a roupa adequada,nunca tive sentimentos adequados,não tive vidas adequadas e talvez não tenha ainda a dosagem certa para sofrer com falta de amor.
O meu mundo está entre a euforia e a dor,onde escondo-me,pra livrar-me das emoções que afloram sem meu consentimento,da dor e da angústia que não aguento,pois o meu mundo é algo entre a realidade e o sonho,onde só eu consigo chegar.
Deve ser por isso que às vezes não me encontro.
Deve ser por isso que que sinto-me tão só.
Deve ser por isso que não conseguem me encontrar...

um sentimento

Nasce da noite e da música que adentra a madrugada,remetendo-me a tempos já tão esquecidos e guardados nas gavetas da memória...minha alma sedenta por algo que a faça saltar da letargia.Meu corpo cansado e intacto abrigando esta alma despedaçada e sonhos perfeitos de tudo que é irreal e transcede a realidade.Para quê contemplar esse despertar de insanidade que me acorrenta aos meus desejos?
Minha felicidade é uma menina que corre descalça,seus pés tocando um solo argiloso e vermelho em pleno arrebol.Por ser criança não se cansa,mas também não sabe onde vai e nem se chegará.
Não interessa-me mais entregar-me a esse infinito indefinível de (in)convicções insones.Apenas queria dormir,sentir os olhos pesarem,cerrarem-se e o organismo sucumbir ao cansaço:quando as pálpebras apresentam tarjas pretas... nada de novo deve haver no silêncio.
nananananana... ... ...
Boa noite lembranças magoadas!

19 de maio de 2010

Salve a poesia!

Salve a poesia!

Maria Clara Lucchetti Bingemer


Teóloga, professora e decana.



A poesia é um meio de reproduzir em palavras as experiências da vida, tal como a pintura reproduz cenas da vida em contornos e cores



Poesia é louca e livre, louca porque livre, liberta no exercício da sua loucura que vislumbra beleza onde outros só veem cinza e rotineiro cotidiano. Poesia vem do grego poíesis, que significa ‘ação de fazer algo’. Poesia, portanto, é práxis, apesar de ser a mais gratuita das práxis. Entre as suas inúmeras definições, o Aurélio nos fornece uma que nos interessa de perto: entusiasmo criador, inspiração.
O Houaiss reafirma e reenfatiza a definição Aureliana: semelhante no latim como em grego, poesia é em latim: poésis,is ‘poesia, obra poética, obra em verso’, assim como no grego: poiésis,eós ‘criação; fabricação, confecção; obra poética, poema, poesia’.
Arte e técnica de exprimir em verso uma determinada visão de mundo, a poesia tem sido, através dos tempos, aliada incontestável e companheira inseparável da beleza, do espírito, da inspiração. Da inspiração nos dizem a Fisiologia e a Bíblia, que tem tudo a ver com o ar em nossos pulmões. Esse ar sem o qual não se vive, diz a Bíblia ser ele semelhante ao Espírito de Deus, o qual leva e traz a vida, sem se saber de onde vem nem para onde vai (cf. Jo 3, 1 ss).
Sob a força da inspiração, os profetas disseram com boca humana as palavras divinas, os hagiógrafos escreveram nos textos sagrados o que Deus desejava que escrevessem. É o mesmo Espírito que enche de inspiração o poeta, para que passeie pelas vias da beleza e diga o que vê e o que sente em versos e palavras. Inspirada é a profecia do profeta nele derramada pelo Espírito de Deus que o possui, exaltando-o e enchendo-o de entusiasmo. Inspirada é a poesia do poeta, que seduz e arrebata corações e mentes, enlevando o ser humano no indizível que ousa dizer-se e no inefável que se atreve a expressar-se.
Por meio da palavra, escritores sagrados e poetas ultrapassaram o suporte da letra e adentraram um sistema de signos e ritmos que perpassa toda a história da humanidade. Inúmeras civilizações, desde a grega antiga à escandinava, a francesa e a inglesa, produziram importantes tradições orais poéticas. Inclusive extensos poemas narrativos como a Ilíada e a Odisseia, de Homero, as sagas islandesas e o Beowulf anglo-saxônico foram, presumivelmente, cantados ou entoados por rapsodos e bardos profissionais, séculos antes de terem sido postos por escrito.
Para que possa abranger essas e outras obras verbais, é útil considerar a poesia arte verbal e inspirada. O poeta, artesão das palavras, receptor e tradutor da inspiração, deixa em aberto a questão sobre se a linguagem é escrita ou falada e derrama pelo mundo a identidade mais profunda da realidade e das coisas feita verso, ritmo, imagem e som.
Sendo arte, no entanto, a poesia não é distante da vida. Pois na verdade, a emula, a imita, a mimetiza criativamente. A poesia é um meio de reproduzir ou recriar em palavras as experiências da vida, tal como a pintura reproduz ou recria certas figuras ou cenas da vida em contornos e cores.
Porém, ao mesmo tempo em que imita a vida, a poesia a reinterpreta e recria. Na poesia, a matéria-prima, que é o ser humano, a vida sobre a face da terra, é remodelada e recriada até ser transformada na obra poética, em versos e palavras, que se alternam e expressam o que o coração sente e o que faz o espírito vibrar.
Por isso, poesia e Escritura Sagrada, poesia e teologia encontram sua fonte na inspiração que vem de mais além, cujo segredo é desvendado progressivamente aos seres humanos que se dispõem a tratar mais intimamente com o mistério da vida gratuitamente doada pelo Criador a suas criaturas.
Salve a poesia! Salve que de ti temos necessidade... e muita! De ti vivemos e sem ti apenas sobrevivemos. O trabalho sem ti é escravidão. A religião sem ti é conjunto de normas e definições que não consegue mover os corações humanos. Na gratuidade dos versos do poeta, inspirado e possuído pela musa, é o próprio Criador que penetra em sua criação dando-lhe flexibilidade e sopro e fazendo acontecer no mundo o milagre do amor. A poesia pode salvar-nos... desde que não nos deixemos sufocar por sua ausência e desde que não a consideremos inutilidade ineficaz que para nada serve a não ser para ser inapelavelmente descartada. Pois, como diz Adélia Prado:
A poesia me salvará....
Não falo aos quatro ventos
porque temo os doutores, a excomunhão
e o escândalo dos fracos. A Deus não temo.
Que outra coisa ela é senão Sua Face atingida
da brutalidade das coisas

11 de maio de 2010

PSol apresenta Soraya Tupinambá como pré-candidata ao Governo do Estado

O PSol apresentou, nesta terça-feira, 11, na Câmara Municipal de Fortaleza, a engenheira de pesca Soraya Tupinambá como sua pré-candidata ao Governo do Estado.

"O bloco hegemônico e monolítico é muito desinteressante para o momento político do Ceará. O momento exige debate profundo acerca de um projeto de sociedade. Penso que a questão do modelo de desenvolvimento econômico do Estado manifesta de maneira crescente a degradação ambiental e desigualdade social", delcarou a candidata.

O vereador João Alfredo anunciou que disputará cadeira de deputado estadual, numa dobradinha com o ex-presidente regional do PSol, Renato Roseno, que se candidata a deputado federal. O PSol ainda não definiu se vai lançar candidato ao Senado Federal.

Soraya Vanini Tupinambá iniciou a militância política no movimento estudantil universitário, em 1986, quando começou o curso de Engenharia de Pesca da UFC. Durante sua vida acadêmica, participou de duas gestões do Centro Acadêmico do curso de Engenharia de Pesca e de duas gestões do DCE da UFC. Na época, a entidade teve uma forte atuação em oposição ao governo Fernando Collor. Ainda no movimento estudantil, Soraya foi diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE). É ambientalista.

Redação O POVO Online

6 de maio de 2010

Grito da Terra, Clamor dos povos

Grito da Terra, clamor dos povos

Por Frei Betto
Os gregos antigos já haviam percebido: Gaia, a Terra, é um organismo vivo. E dela somos frutos, gerados em 13,7 bilhões de anos de evolução. Porém, nos últimos 200 anos, não soubemos cuidar dela e a transformamos em mercadoria, da qual se procura obter o máximo de lucro.
Hoje, a Terra perdeu 30% de sua capacidade de autorregeneração. Somente através de intervenção humana ela poderá ser recuperada. Nada indica, contudo, que os governantes das nações mais ricas estejam conscientes disso. Tanto que sabotaram a Conferência Ecológica de Copenhague, em dezembro de 2009.
A Terra, que deve possuir alguma forma de inteligência, decidiu expressar seu grito de dor através do vulcão da Islândia, exalando a fumaça tóxica que impediu o tráfego aéreo na Europa Ocidental, causando prejuízo de US$ 1,7 bilhão.
Em reação ao fracasso de Copenhague, Evo Morales, presidente da Bolívia, convocou, para os dias 19 a 23 de abril, a Conferência Mundial dos Povos sobre a Mudança Climática e os Direitos da Mãe Terra. Esperavam-se duas mil pessoas. Chegaram 30 mil, provenientes de 129 países! O sistema hoteleiro da cidade entrou em colapso, muitos tiveram de se abrigar em quartéis.
A Bolívia é um caso singular no cenário mundial. Com 9 milhões de habitantes, é o único país plurinacional, pluricultural e pluriespiritual governado por indígenas. Aymaras e quéchuas têm com a natureza uma relação de alteridade e complementaridade. Olham-na como Pachamama, a Mãe Terra, e o Pai Cosmo.
Líderes indígenas e de movimentos sociais, especialistas em meio ambiente e dirigentes políticos, ao expressar o clamor dos povos, concluíram que a vida no Planeta não tem salvação se perseverar essa mentalidade produtivista-consumista que degrada a natureza. Inútil falar em mudança do clima se não houver mudança de sistema. O capitalismo é ontologicamente incompatível com o equilíbrio ecológico.
Todas as conferências no evento enfatizaram a importância do aprender com os povos indígenas, originários, o sumak kawsay, expressão quéchua que significa “vida em plenitude”. É preciso criar “outros mundos possíveis” onde se possa viver, não motivado pelo mito do progresso infindável, e sim com plena felicidade, em comunhão consigo, com os semelhantes, com a natureza e com Deus.
Hoje, todas as formas de vida no Planeta estão ameaçadas, inclusive a humana (2/3 da população mundial sobrevivem abaixo da linha da pobreza) e a própria Terra. Evitar a antecipação do Apocalipse exige questionar os mitos da modernidade - como mercado, desenvolvimento, Estado uninacional - todos baseados na razão instrumental.
A conferência de Cochabamba decidiu pela criação de um Tribunal Internacional de Justiça Climática, capaz de penalizar governos e empresas vilões, responsáveis pela catástrofe ambiental. Cresce em todo o mundo o número de migrantes por razões climáticas. É preciso, pois, conhecer e combater as causas estruturais do aquecimento global.
Urge desmercantilizar a vida, a água, as florestas, e respeitar os direitos da Mãe Terra, libertando-a da insaciável cobiça do deus Mercado e das razões de Estado (como é o caso da hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu).
Os povos originários sempre foram encarados por nós, cara-pálidas, como inimigos do progresso. Ora, é a nossa concepção de desenvolvimento que se opõe a eles, e ignora a sabedoria de quem faz do necessário o suficiente e jamais impede a reprodução das espécies vivas. Temos muito a aprender com aqueles que possuem outros paradigmas, outras formas de conhecimento, respeitam a diversidade de cosmovisões, sabem integrar o humano e a natureza, e praticam a ética da solidariedade.
Cochabamba é, agora, a Capital Ecológica Mundial. Sugeri ao presidente Evo Morales reeditar a conferência, a exemplo do Fórum Social Mundial, porém mantendo-a sempre na Bolívia, onde se desenrola um processo social e político genuíno, singular, em condições de sinalizar alternativas à atual crise da civilização hegemônica. O próximo evento ficou marcado para 2011.
Pena que o governo brasileiro não tenha dado a devida importância ao evento, nem enviado qualquer representante. A exceção foi o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), que representou a Câmara dos Deputados.
Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Marcelo Barros, de O amor fecunda o Universo – ecologia e espiritualidade (Agir), entre outros livros. http://www.freibetto.org

3 de maio de 2010

Estímulo à promiscuidade

Estímulo à promiscuidade
João Alfredo Telles Melo

Ainda que nos marcos do capitalismo, a luta por um processo político efetivamente democrático, transparente, participativo e sob o controle da maioria da população, não pode ser desprezada pelos socialistas, em sua peleja maior pela transformação social.

Assim, se faz necessária uma reforma política que, fundamentalmente, possa diminuir o imenso fosso existente entre representantes e representados e estimule todas as formas possíveis de democracia direta e participativa.
Para isso, é essencial que o quadro partidário não sirva para manipulações
que dificultem e impeçam a livre manifestação da soberania popular. São as legendas de aluguel, as coligações realizadas para alcançar um maior tempo eleitoral, as alianças governamentais fundadas em interesses meramente fisiológicos, cujos maiores exemplos são os mensalões tucano, petista e pefelista.

Temos uma legislação eleitoral e partidária que, sem combater o abuso político e econômico, estimula a promiscuidade. Assim, os ocupantes do executivo & desobrigados de se afastar e com a caneta e o diário oficial nas mãos - exercem um poder de atração ``irresistível`` sobre partidos alugados. Estes,
em troca de cargos futuros, garantem um tempo maior no palanque eletrônico.Essa distorção fisiológica & que acaba por levar à corrupção & tem continuidade nas alianças formadas nas casas parlamentares, onde não é o programa de governo vitorioso nas eleições quem vai definir a aproximação
entre siglas partidárias, mas, tão somente, a distribuição do imenso lote de cargos comissionados e terceirizados à disposição dos governantes de plantão. Sem esquecer que tudo isso dá para a manutenção dos interesses
do capital.

Nesse quadro, uma reforma política radical é urgente e necessária, para recuperar o verdadeiro sentido da política, enquanto práxis transformadora.

João Alfredo. Vereador por Fortaleza, do Psol

Fonte: Jornal O POVO
http://opovo.uol.com.br/opovo/politica/979121.html

2 de maio de 2010

De Bertold Brecht - Esse desemprego

Esse Desemprego!
Brecht

Meus senhores, é mesmo um problema
Esse desemprego!
Com satisfação acolhemos
Toda oportunidade
De discutir a questão.
Quando queiram os senhores!
A todo momento!
Pois o desemprego é para o povo
Um enfraquecimento.
Para nós é inexplicável
Tanto desemprego.
Algo realmente lamentável
Que só traz desassossego.
Mas não se deve na verdade
Dizer que é inexplicável
Pois pode ser fatal
Dificilmente nos pode trazer
A confiança das massas
Para nós imprescindível.
É preciso que nos deixem valer
Pois seria mais que temível
Permitir ao caos vencer
Num tempo tão pouco esclarecido!
Algo assim não se pode conceber
Com esse desemprego!
Ou qual a sua opinião?
Só nos pode convir
Esta opinião: o problema
Assim como veio, deve sumir.
Mas a questão é: nosso desemprego
Não será solucionado
Enquanto os senhores não
Ficarem desempregados!