Um tempo sarcástico para tão blasée vida.
E amanhã não serei mais eu.
Estou certo disso! _ a pós-modernidade também.
Adeus! Despeço-me hoje. Ainda há tempo.
Não faço teia sou caramujo. Sartre que o diga.
Que me importa não sou mais eu.
O candelabro lúcido cumpre seu papel.
A barba feita, o sapato engraxado pela última vez.
Lembrança de Viena, luta de classe... Marx dói.
No morto que não sou mais eu apenas o odor.
Postura firme, porém inerte.
Abolido, enfim debruço-me.
(Razek Seravhat, poeta da dor e da melancolia)
1. André Gorz, filósofo austríaco que se matou e convenceu a esposa a matar-se junto com ele, em 24/09/2007. Este poema cheirando a ridículo foi minha melhor saudade.
!0.o!
ResponderExcluirTempo do NETINHO DO VOVÔ
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