5 de maio de 2009

Metal contra as nuvens

Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio,
relâmpago e trovão
Eu sou metal,
eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal,
me sabe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua,
tem estrelas
E sempre terá.
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela
e a minha espada
Perdi o meu castelo
e minha princesa.
Quase acreditei,
E, por honra,
se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão...
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.

(Legião Urbana)

2 comentários:

  1. Estou Aqui no "Lenitivo". E que lenitivo legal para quem gosta de bons textos! Gostei. E vi que o player da Rádio Chapada do Araripe já está funcionando normalmente aqui. Peço desculpas pelos textes que estamos fazendo periodicamente na nossa estação. Em breve conseguiremos manter nosso padrão de 24h sem interrupções.

    Abraços,

    Dihelson Mendonça

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Ternura Sempre...