Vejo meu povo de mãos estendidas
Nordeste mendigo, esmola o futuro
Que dor!
Vejo crianças famintas
Pedindo, gemendo
Gritando por pão
Que ânsia!
Que país! De escravos e mortos
De flores sem vida
De luxo e esqueletos
Disputas sem fim!
Até quando
Morremos, clamamos, perdemos, gritamos
Ao léu, ao céu...
Que falta de ar!
Vem, vem !
Ó liberdade sonhada
Ó igualdade revolucionária!
Reacende a chama da luta
Que ainda fumega na gente
Devolve-nos o perfume da vida que nos foge
Dá-nos a sensação saborosa da vitória
Que nos arrancam da boca!
Vem, vem!
Ó Deus dos profetas, fiel no combate
a toda maldade dos ricos tiranos!...
Coragem nós temos
Se abrirmos o olho
Um pingo de sangue se vê, certamente.
É tempo de luta, de sonhos, de paz
De história forjada, nas mãos deste povo
Que empunha, seguro, a bandeira da VIDA!
Agora depressa
Palavra clara, luz sobre a mesa
Mãos unidas, erguidas, treinadas!
Peito aberto, muito AMOR!
Vivam aqueles que têm sangue no olho!
Vivam os que vêem o amanhã!
Poema de Zé Vicente - Ce
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Ternura Sempre...