30 de agosto de 2009

Doce Encanto

Enquanto meus olhos vadiam nas lágrimas,
A chama viva que teu sorriso ateia,
Pôs um sorriso no meu rosto.

E num abrir e fechar d’olhos,
Mesmo quando em cima eram nuvens,
Te vejo coberta de estrelas.

E nos teus longos cabelos negros
Como cortinas da madrugada,
A noite dormi em silêncio
E eu me estremeço de cruéis receios.

Serás, então, minha doce amada?

E sob o mesmo céu triste
A noite faz-se bela e iluminada
E nas águas irrequietas
Eu te vejo brilhar.

Como a lua que beija o mar
Num ingênuo folgar
Da lua cheia
Das ondas beijando a areia.

Pelo cessar da noite
Acordo numa manhã sombria
Com olhar perdido
Dos sonhos que se esvaem.

Que em tristezas e pranto a seguir-me persiste
Escuto cantar a luz da alvorada
As melodias do céu,
Luz que consola
Ao mais vivo carinho.

Haverá “Deus”, quem acredite?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ternura Sempre...