18 de setembro de 2009

des(encontro)

des(encontro)



tua pele nevoante

contagia

afaga

irradia


pétalas de um gosto

eterno

estranho

terno


teu olhar não cativa

paralisa

perturba

inferniza


sincero como um beijo

delirante

preciso

vacilante

e

apesar

da mão macia

do sorriso forte

da voz alegria


do diálogo comigo

do des(encontro)

do adeus amigo

eu me recomponho


absorto

insensato

morto

em mais uma

poesia



(Razek Seravhat)



Poema dedicado a Erica, colega que tive a oportunidade de rever numa tarde quente de setembro, ao embarcarmos num paranjana lotado e sermos obrigados a fazer mais uma das muitas viagens desagradáveis que quase sempre temos que realizar.

4 comentários:

  1. Gosto disso, dessa coisa meio concretismo e mais que isso.

    Parabéns.

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  2. Gostei da estética do poema, tem tudo a ver com o título. E nos deixa a idéia que a nossa existência é marcada de encontros e des- encontros. Valeu Razek.

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  3. Gostei da estética do poema, tem tudo a ver com o título. E nos deixa a idéia que a nossa existência é marcada de encontros e des- encontros. Valeu Razek.

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  4. A nossa vida é cheia de desencontros,por isso quando vermos alguém que a muito tempo não víamos,devemos falar tudo que desejamos um dia sussurar no ouvido desse alguém...

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Ternura Sempre...