4 de janeiro de 2010




UMA FÁBULA


Dentro de nossa apócrifa caverna
habita uma voz que grita:
Vem pra fora, desperta!
Um espectro de si vomita.
E de uma semente um germe aflora
rompendo o chão e todos os dogmas.
E assim o ser se faz sujeito
construtor da felicidade
combatendo as atrocidade
buscando sempre o ser perfeito.


Negamos e contradizemos
com tantas teogonias,
recriamos pensamentos,
sincretismos e alegorias.
O globo que habitamos
e também globalizamos
decompõe-se numa estufa
pelo homo sapiens e demente
nem é sábio, nem inteligente
a virtual e moderna criatura.

Além da antropomórfica caverna,
do ostracismo e da corveia fratricida,
existe um sentido na terra,
no coração da própria vida.
Há uma esperança na luta
uma força que aos poucos junta
toda diáspora em convergência
num movimento transformador
que apesar de qualquer dominador
existe um babugem em resistência.


( Em resposta ao colega poeta e matemático, Razek Seravhat, que me enviou "A Fábula dos Morcegos" por assim dizer, e os que se dizem sábios. Obrigado por ter me inspirado. Jan/2010).

Um comentário:

  1. Sua palavras me fazem acreditar que ainda é possível...

    Ternura,meu colega, ternura.

    Nota: Por favor, observe as reticências

    ResponderExcluir

Ternura Sempre...