21 de agosto de 2010

Depois de ouvir Luiz Gonzaga Júnior

Para Angeline Carolino, Soraya Tubinambá e os que não se entregam.

Quando eu recitar,
Por ternura reflita
Que verso por verso
Eis aqui um poeta que acredita:
Na dignidade partilhada.
Na felicidade coletiva.

Assim, sigo resistindo.
São os sonhos desse nosso mundo
Que eu estou sorrindo.

Quando eu te beijar com poemas
em uma esquina alvissareira
ou em qualquer parte da vida
Não se engane,
é por uma “causa verdadeira”.

Sinta a rima dos meus versos livres
O frescor do mar no meu coração
E os meus dedos tão firmes
fitando todo o calor de revolução.

E se eu me calar
E a onda meu viver inundar
Não se renda, entenda
Que a tua bravura é mais um poema
Pra declamar.

Quando eu recitar
Por ternura, compreenda
É apenas uma forma de dizer.
O que é não se entregar.

(Razek Seravhat)

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Ternura Sempre...