20 de agosto de 2011

O último brasileiro


Pois já temos os sorrisos prontos, engarrafados,
Vendidos nos sinais apadrinhados pelo cale-se
Pois já temos na vista a "ditabranda"
A bandeira colorida que mais preto e branco vê-se


Neles, entre linhas, tantas mortes nas costas
Cortejos prontos; entregues na boca.
Preparados com o mais fino cuidado, mas por quê?
Se vitimas dos que fazem nunca hão de ser


Na pele a mais linda veste 
Que impõe medo se admirada como se deve
Que devem tantos pais as suas famílias
E nem se quer limpam, despreocupados, a mancha rubra do peito


Pois já temos na vida tanta rotina
Por que ei de me empubescer
Por conta de um neguinho que morre de bala perdida
Eu tenho mais com o que me preocupar:


Ficar sem fazer nada no domingo, abichado.
Vendo meu futebol com cerveja do lado
Por que nada melhor não há:
Morrer de viver sem nunca ter vivido



3 comentários:

  1. Bom dia, nao irei criticar esse brasileiro e sabe porque? Porque um homem só, nao faz milagres e mesmo que quisesse, a maioria iria lincha-lo...eçntão, deixemos que ele continue com sua cervejinha e seu futebol, ou será que iremos levantar da frente da net. e nos juntarmos a ele, ate parece...Abraços e que DEUS nos ajude!

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  2. O que dizer da poesia diante de uma realidade tão ácida, como diz Saramago: Eu não sou pessimista, o mundo é que é péssimo. Avante!

    Ternura sempre!

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  3. Que tal o futebol e a cerveja no domingo aliada a luta diária nos outros dias no trabalho, rua por melhores dias, condições e liberdade?
    Esse é o mote de cada um!

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Ternura Sempre...