28 de julho de 2009

A REALIDADE E O ABSOLUTO

A REALIDADE E O ABSOLUTO


A realidade e o absoluto
não é a realidade do absoluto.
O que conhecemos entre ciência e metafísica
fundamenta apenas um ponto de vista.

Muito de nosso racionalismo
semeia uma crença abstrata
congregada de devotos dogmáticos
que absorvem uma realidade absolutista.

A realidade é viva e sensitiva
e está em conexão com a verdade.
O mundo é a oferta dada como seguro de vida
e o lugar da experiência , do mistério e da esperança
em que se busca a verdade.

Entre o Universo que conhecemos
e um outro desconhecido,
é mais provável que a escolha seja pelo que conhecemos,
porém, a tentação pelo desconhecido impulsiona
o ser a buscá-lo.

É mais fácil livrar-nos dos impactos de um asteróide
do que dos males que os humanos causam na Terra.

A realidade é o que sabemos de fato
e o que cremos livremente.
Por traz de cada palavra, um ser concreto, um espírito.
Em cada um, o seu próprio fim,
a sua substância, o seu espectro, a sua salvação.
Mas, salvação de quê?
Salvar-se de quem?
Salvar para quê?
Antes do Universo, era o nada?
Após o Universo, será o tudo?

Em nosso mundo pluralista, que fala por si mesmo,
nas manhãs de café com pão, resta um poema científico.

A realidade não é uma cópia.
Diante do todo completo, está a nossa intimidade carente
e o desejo de nossa dimensão para o Infinito pleno.

(Jonas Serafim/agosto de 2007 - Poemística).

2 comentários:

  1. Respeito sua forma filosófica de fazer poesia, mas penso que a vida é mais carne do que espírito.

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  2. Ao contrário do Cícero, penso que não existe uma dicotomia tão radical entre matéria e espírito, no entanto, questiono determinados absolutismos e algumas verdades. Abraços.

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Ternura Sempre...