18 de agosto de 2009

Sol-Posto

Tinha nos olhos o brilho das estrelas,
Jamais compreendi a razão.
Afinal, que importa a chuva no mar.
Por favor, saia.
Deixe-me só com minhas lágrimas,
Pois tenho medo de mim,
De ti, de tudo.
Como fazer da tu’alma
A minh’alma?
Quando o teu olhar,
Outrora suave e doce,
Esconde um espinho no coração.
Deixe-me sozinho.
Lá fora a chuva soluça.
E ao longe, num pensamento vago,
Há um retrato
Bem junto de mim.
E sob a paz deste teto,
Pranto de tanto afeto,
Berço de tanta dor e de tanta alegria,
Os sonhos que sonhei
E tanto procurei.
Ao longe, apenas a música suave, soa.
E nas águas fugitivas dos meus olhos,
Quando em cima eram nuvens,
Faço de conta que existe luar.
Jamais esquecerei, saia.
Mas, deixe a porta aberta.

Juan Di Brechó

Um comentário:

  1. É tanto sentimento que chega a dar arrepios, suspiros que nos invadem de medo e confusão. Eu não seria capaz de me expor assim. Lamento, não sou humilde.

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Ternura Sempre...