25 de abril de 2010

Testamento

Lembrando de minha mãe que já se foi coberta de flores e de minha irmã que está distante, fiz, pensando no Poeta Menor, este soneto, para dizer-lhe que de feliz este mundo nada tem. Só o que existe é consumo, consumo, consumo, sumo, sumo, sumo... Xi! Aqui dá outro poema... Ternura sempre!

Ao velho amigo que pouco cativei,

Às mulheres que nem sempre amei;

Deixo enganos que vejo e não vejo,

Com tentação de um eterno desejo.

Às crianças, a infância terna deixei.

Para os idealistas... O luto que lutei

Que de forte e quente foi benfazejo,

Nunca nem por melancolia; cortejo.

Aos artistas, intelectuais, cientistas,

Deixarei com a tristeza do humano,

Às crueldades, criação do inumano!

Por fim, somente cumpri meu ciclo,

Sem ter emoção de dever cumprido

Tampouco satisfação por ter vivido.

(Razek Seravhat)

4 comentários:

  1. Olá, lindo poema. Com terno desencanto, mas sempre belo

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  2. Por se tratar de Testamento, não difere da Bíblia que tem dois, e está cheio Alianças e quebra de Alianças. Embora, cumprindo um ciclo, este é o sentido da missão. Um abraço. Jonas.

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  3. Um poema, um soneto, a expressão de um sentimento preso!

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Ternura Sempre...