25 de dezembro de 2011

Que pena! Preferia não ter razão:



Para João Moreira Cavalcante Neto  e os estranhos

Desanima-me vê que o ser feliz
É só mais um faz de conta
Num mundo que de ponta a ponta
Não sabe o sentido e o legítimo segredo do Natal...
Já pensou se o que está posto não fosse só um creme de menta acompanhado com licor de mentiras?
Como poderia ser diferente...
Se ao invés de ouvirmos as pessoas perguntarem:
- cadê o meu presente de natal?-
Elas procurassem se encontrar
Não só com seus amigos invisíveis
Mas com realizações que não passariam
Porque não são apenas fantasias
Mas sonhos e desejos fincados com
os calos de nossas alegrias.
(E são tantos)
Quem sabe...  Assim,
Pudéssemos partilhar a Noite Feliz
Não apenas por um dia
E tão somente com alguns
Mas com muitos e para o resto de nossas vidas.
E, talvez, fosse possível trilhar
um caminho de fraternidade social,
de respeito entre os ímpares, 
com significativa ausência de inimigos,
e com os seres humanos 
preocupados uns com os outros,
sem piedade;
(é tão humilhante esse sentimento de pena.)
O mundo não precisava ser azul, ele já é.
Bastava compartilharmos,
do frio à mesa farta,
Ao invés de lamento,
Fragrância, essência sinceramente.
Ah... Se a poesia que ora escrevo
Tocasse fundamente
O coração e a razão das pessoas
que acreditam plenamente no natal,
e elas, finalmente, entendessem
que não é porque receberam um cartão de boas festas,
ou porque foram cumprimentadas
uma única vez ao ano
que por isso, tudo se tornará
melhor.
E mais, se elas notassem
que o valor de ser gente está na força coletiva que nos aproxima e não na ilusão que nos afasta.
Ah... Se assim fosse... Talvez, quem sabe?
O que nos une seria capaz de fazer brotar a paz e o que nos separa, poderia até reinventar os felizes apesar dos infelizes...
Desconfio se assim fosse... 
Que nem infelizes existiriam.

(Razek Seravhat)


Um comentário:

  1. Bom dia...em outros tempos, ficaria triste contigo, mas agora ja te lendo mais vezes, aprendi a te conhecer...Adoro tua sinceridade, pois nao tens medo de magoar e nem ferir ninguem, apenas usa de sinceridade, direta e tocante ao que tu se designa a dizer...Sei la...sou muito sincera mas com um toque sutil e suave, e assim me descrevo em palavras sussurradas revelando por inteira...As vezes, sinto-me desnuda, mas aprendi a nao ter medo...Abraços sinceros e de respeito...Obrigada!

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Ternura Sempre...